A antiga Casa de Reclusão Militar, situada na zona adjacente ao Porto de Luanda, vai mudar de nome para Museu de Luta de Libertação, nos próximos dias.
Zézé Gamboa é um dos cineastas angolanos da segunda geração que ostenta uma carreira reconhecida a nível internacional, a começar em África. Quer no género documentário, quer na ficção, as obras do realizador têm sido merecedoras de prémios e boa recepção do público e da crítica.
As irmãs cantoras Judeth e Ester proporcionaram um final de semana marcante, a todas as pessoas que asistiram, a segunda edição do projecto "Sexta-feira de Trova", que aconteceu, excepcionalmente, no sábado, no Palácio de Ferro Centro Cultural, em Luanda, onde partilharam o palco com o Duo Canhoto.
Criado no sentido de exaltar e promover a arte da musicalização da poesia, a segunda edição do projecto cultural "Sexta-feira de Trova" reuniu no mesmo ambiente a poesia e a música.
A cargo da poesia ficou o Movimento Lev'Arte Angola que brindou o público com um poema, declamado no sentido de despertar a sociedade quanto à violência contra criança. Enquanto a música ficou sob a responsabilidade das meninas Judeth e Ester, àsquais se juntou o Duo Canhoto, uma das principais referências da trova nacional.
O espectáculo, dividido em três blocos, teve o primeiro momento musical inaugurado pela dupla Duo Canhoto, que recriou os ouvidos do público, ao dedilhar as suas guitarras, o instrumental da música "Ressurreição", de Elias dya Kimuezo, e igualmente, o instrumental da música "Meninos do Huambo", de Ruy Mingas, o que proporcionou ao público um instante de introspecção e uma verdadeira passagem pelo "mundo das ideias".
Criado há mais de 30 anos, o conjunto Duo Canhoto mostrou "que a prática leva mesmo à perfeição", ao brindar os presentes com uma variedade de temas de sua autoria, como "Negrura", e de outros artistas que o inspiraram, levando o público por uma inesquecível viagem a vários momentos que marcaram o seu passado.
O segundo bloco contou com a animação das duas irmãs cantoras e tocadoras de instrumentos, Judeth e Ester, que viram o sonho musical a começar na igreja.
Com um repertório "arrepiante", Judeth e Ester trouxeram numa única actividade, uma variedade cultural, ao interpretarem músicas de inúmeras mulheres que são vistas como referências da música africana. Entre elas, Belita Palma, uma das referências da música angolana, a sul-africana Zahara e a cabo-verdiana Sara Tavares.
O momento serviu, igualmente, para as cantoras apresentarem a sua primeira música, intitulada "Adonai", termo hebraico que significa "Meu Senhor".
O último momento do espectáculo foi marcado pela união da dupla Judeth e Ester e Duo Canhoto, que juntos interpretaram a música "Comboio", de Duo Canhoto, que marcou gerações, na versão interpretada pela cantora Pérola, o que culminou numa ovação em pé de um público animado e impressionado com aquilo que assistiu.
No final do encontro, Judeth e Ester mostraram contentes com o resultado do espectáculo, mas garantiram que o objectivo é continuar a trabalhar, no sentido de levar para o mercado músicas com melhor qualidade.
"O que preparamos, felizmente, saiu como esperado, o público recebeu muito bem, e mostrou-se contente com o que viu e ouviu. Mas, é necessário continuar a trabalhar, porque a intenção é evoluir cada vez mais e superar o que já fizemos hoje", disseram.
Quanto ao facto de terem partilhado o mesmo palco com Duo Canhoto, a dupla considerou um momento importante para a sua carreira, devido ao percurso e a dimensão do dieto.
"Estar no mesmo palco com Duo Canhoto é estrondoso, uma responsabilidade grande, trabalhámos muito para conseguir dar conta do recado. Já estivemos em palco com vários 'monstros' da música angolana e o objectivo será continuar nesse caminho".
Em alusão ao "Março Mulher", o que não faltou da parte das meninas foi uma mensagem de apreço para todas as senhoras africanas, sobretudo as angolanas, no sentido de as motivar a nunca desistirem dos seus objectivos.
Judeth e Ester são duas irmãs cantoras e tocadoras de instrumentos que iniciaram as carreiras na Igreja Maná.
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