Há um populismo que se espalha perigosamente e que procura a todo o custo sonegar a História, apoiando-se na ideia perigosa de que evocar as tristes memórias do passado é intolerância política.
No passado dia 18/07/2022 em conselho de ministros foi aprovado o regime jurídico do Sistema Nacional de Qualificações e o estatuto orgânico da entidade gestora do Sistema “Instituto Nacional de Qualificações de Angola”.
A concordância deve ser entendida como a identidade de género, entre certas palavras, e de número e pessoa, entre outras. Define-se como «a partilha de traços gramaticais como o género, o número e a pessoa, entre dois ou mais elementos estruturais». (Eliseu, 2008, p. 69).
Lembre-se de que as relações que um constituinte mantém com os outros definem-se pela posição ocupada, na sequência sintagmática.
CONCORDÂNCIA POR SILEPSE (OU PELO SENTIDO OU IDEOLÓGICA)
Acontece entre elementos da oração segundo a lógica da representação comunicada. Faz-se não com a forma gramatical das palavras, mas com o sentido, com a ideia que as palavras expressam. É, portanto, feita fora das estritas correspondências sintácticas.
A maioria dos angolanos foram às urnas. (Concordância siléptica)
Verifica-se, no entanto, que o verbo (foram) concorda não com o sintagma nominal sujeito, mas com a expressão encaixada (os angolanos).
A concordância sintáctica daria a frase:
A maioria dos angolanos foi às urnas. (concordância sintáctica)
O verbo, aqui, concorda com a expressão partitiva (a maioria) que constitui o núcleo do grupo nominal em função do sujeito.
CONCORDÂNCIA PELA PROXIMIDADE
Contrariamente à concordância por silepse, a concordância pela proximidade é aquela feita por contiguidade dos elementos sintácticos:
Aquele beijo foi dado num inoportuno lugar e hora
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportuna
Aquele beijo foi dado num lugar e hora inoportunos
CONCORDÂNCIA SINTÁCTICA (gramatical)
Como dissemos, entenda-se por concordância a correspondência que deve existir em género, número e/ou pessoa, entre as palavras flexionáveis que se encontram numa frase ou expressão. Entretanto, a concordância sintáctica será a indispensável correspondência de género, número e pessoa entre os elementos da oração, ou seja, é a que se estabelece entre os sintagmas da oração segundo um critério de correspondência formal lógica, isto é, singular/singular, masculino/masculino, etc. É, portanto, esta espécie de concordância que define a lógica do padrão de correcção.
VIOLAÇÃO À REGRA DE CONCORDÂNCIA
"A equipa não teve estrutura competitiva para ombrear de igual para igual com os adversários do seu grupo, na primeira fase, onde averbaram uma derrota (0-1 com os Camorões), um empate (1-1, contra o Mali) e uma vitória (2-1, diante da Costa do Marfim). Nos quartos-de-final foram impotentes para travar a Tunísia, com a qual perderam por 0-1”.
Como se pode notar, o nome a equipa é uma expressão de sentido colectivo, porém tem o valor sintáctico singular, ou seja, funciona, na frase, como uma estrutura singular. Por isso, os verbos averbar, ir e perder, bem como o adjectivo impotentes, referindo-se à expressão a equipa, devem flexionar no singular, concordando com ela em número.
Assim:
1. A equipa não teve estrutura competitiva para ombrear de igual para igual com os adversários do seu grupo, na primeira fase, onde averbou uma derrota (0-1 com os Camorões), um empate (1-1, contra o Mali) e uma vitória (2-1, diante da Costa do Marfim). Nos quartos-de-final foi impotente para travar a Tunísia, com a qual perdeu por 0-1.
Não obstante esta correcção, a frase continua ainda incoerente, devido ao emprego de onde e da preposição com, afectando erradamente o sentido da frase, distorcendo a informação que se pretende passar. Como mostra o resultado, somente uma equipa perdeu/ganhou (e não seria o contrário). Quem perde, (neste caso concreto pontos), perde para e não com, já que a preposição com junta e não separa. Por isso, o correcto seria:
2. A equipa não teve estrutura competitiva para ombrear de igual para igual com os adversários do seu grupo, na primeira fase, em que averbou uma derrota (0-1 contra os Camorões), um empate (1-1, contra o Mali) e uma vitória (2-1, diante da Costa do Marfim). Nos quartos-de-final,foi impotente para travar a Tunísia, para a qual perdeu por 0-1.
Manuel Dala |Professor de Língua Portuguesa
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