As literatas Edmira Cariango, Nilca da Costa, Ester Diahoha e Carla Oliveira animaram, no sábado, na sede da União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda, um concorrido debate que visou destacar a contribuição da mulher angolana na produção poética.
Realizado em parceria com o Círculo de Estudos Literários e Linguísticos "Litteragris", o colóquio teve como tema a "Catalografia da Mulher na História da Literatura Angolana".
Para além de render homenagem à poetisa Amélia da Lomba, o encontro serviu, também, para incentivar a criação literária no género feminino, bem como mapear obras de poetisas angolanas, com relevância para os estudos literários, e inseri-las contextualmente dentro do processo historiográfico através do estudo crítico.
O colóquio contou com quatro painéis, nos quais as estudantes universitárias Edmira Cariango, Nilca da Costa, Ester Diahoha e Carla Oliveira abordaram temáticas relacionadas com o papel da mulher na literatura nacional. Ester Diahoha, por exemplo, abordou "Incipiência: A Poesia como Arma de Desfragilização da Mulher na Sociedade".
De acordo com Ester Diahoha, quando se aborda a poesia feminina, nota-se que não há apenas narrativas da mulher como ser, mas também pela forma como esta figura deseja sentir-se dentro da sociedade.
"Quando se junta a visão da mulher com a do homem, há um universo mais justo e equilibrado para a resolução dos problemas quotidianos", sublinhou.
Por sua vez, a estudante Nilca da Costa falou da "Metapoesia na Literatura Angolana: Um Instrumento de Afirmação do Discurso da Mulher", tendo explicado que, depois de várias pesquisas, identificou que há um grito de liberdade expresso constantemente no discurso da mulher dentro da poesia.
O encontro contou, igualmente, com a comunicação de Edmira Cariango, que apresentou o tema "A Inscrição do Feminino na Literatura: Postulados e Configurações", e Carla de Oliveira, com "Erotismo: Manifestações, Encontros e Desencontros na Poesia Feminina Angolana".
O secretário-geral da UEA, David Capelenguela, na abertura da actividade, referiu que a partilha de conhecimentos é importante para o desenvolvimento de um país, por isso, aconselhou para que se criem mais momentos do género, sobretudo que possibilitem a interacção entre jovens e adultos.
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