O objectivo, destacam, deve ser, acima de tudo, diminuir a poluição ambiental no mundo e impulsionar a mudança comportamental nas sociedades. A data, acrescentam, deve ser vista como mais do que uma simples recolha de lixo, mas sim um testemunho da responsabilidade colectiva de preservar o ambiente e criar um futuro sustentável.

Internamente

Este ano, para saudar a data, as empresas Refriango e a Coca-Cola, em parceria com a Associação Nação Verde, vão realizar, mais uma vez, uma mega campanha de limpeza, que inclui, entre outros pontos, a limpeza da Praia Amélia, hoje, a partir das 8h00, em Luanda.

Para os organizadores, o compromisso que já tem ocorrido anualmente no país é inspirado numa acção massiva de limpeza de praias na Estónia, em 2008.

A data

O Dia Mundial da Limpeza acontece em 197 países e territórios desde 2018, e já teve a adesão de mais de 71 milhões de voluntários, retirando mais de 344.500 mil toneladas de resíduos de rios, praias, praças e mangais.

O Dia Mundial da Limpeza celebra-se a cada terceiro sábado de Setembro e tem como objectivo principal aumentar a consciência sobre a crise dos resíduos mal geridos, mobilizando os cidadãos, a sociedade civil, governos, empresas e organizações não governamentais em acções de limpeza e na busca de soluções para a gestão de resíduos. 

Instituto da Juventude quer apoio para o ambiente

O director do Instituto Angolano da Juventude (IAJ) pediu ontem, em Luanda, durante a apresentação do projecto "Escolas Sustentáveis”, para os jovens se dedicarem activamente nas questões ligadas à protecção ambiental.

José Mateus destacou, na apresentação do projecto, uma iniciativa da Associação Arte Viva  Angola (AVA), a importância de incluir mais os jovens nos programas ambientais, por serem participantes activos nas acções do Governo. "É preciso que os jovens comecem a tomar a dianteira, nas acções de preservação do meio ambiente, protecção das zonas em que vivem e buscar soluções saudáveis para o bem comum”, disse.

As iniciativas dos jovens, enquadrados em associações, são, para o director do IAJ, um garante da aposta na sustentabilidade das comunidades. "Temos de aproveitar bem os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da agenda 2030, assinado pelos Estados-Membros das Nações Unidas em 2015, para criar renda por meio dos projectos ambientais sustentáveis, capazes de ajudar as comunidades”, destacou.

 Inserção dos jovens

O presidente da Associação Arte Viva Angola (AVA) explicou que a iniciativa surge, no sentido de ajudar os jovens a estarem inseridos nas acções sustentáveis. No momento, assegurou, têm representações em sete municípios de Luanda e em seis províncias do país, onde desenvolvem várias actividades ligadas ao ambiente sustentável.

Fernando Gama adiantou ainda que a associação já realizou diversas actividades para incentivar a sustentabilidade junto das comunidades, através da criação de oficinas para desenvolver mais a literacia ambiental, digital e financeira.

A Associação Arte Viva Angola, esclareceu, é uma organização nacional Conservacionista dos Recursos Naturais, de iniciativa particular, de fomento sócio-ambiental, com carácter científico, cultural, assistencial e filantrópico.

Actualmente, a associação conta com 78 associados na categoria de activo e 450 voluntários não regulares, que trabalham em Luanda, Cuanza-Norte, Malanje, Cuanza-Sul, Bengo, Huíla, Lundas Sul e Norte.