O especialista em Qualidade e Segurança do Paciente Acácio Silas disse, quinta-feira, em Luanda, que as instituições hospitalares devem fazer um esforço para implementar o “Núcleo de Segurança do Paciente (NSP)”, para prevenir, controlar e mitigar os vários acidentes, incluindo mortes, causadas por negligência.
Acácio Silas frisou que o NSP são, igualmente, de extrema importância na busca da qualidade das actividades desenvolvidas nos serviços de saúde, incentivando sempre a prática da humanização, que há muito.
De acordo com o médico, nas instituições de saúde do país, os pilares da humanização não estão sustentados na relação "médico-paciente”, ambientes e nas informações integradas.
O também professor universitário explicou que a falta de humanização e segurança no atendimento dos pacientes são responsáveis pelas várias mortes hospitalares no país. "Vários doentes têm a vida abreviada nas unidades sanitárias, na maioria das vezes, pelo descaso ou demora no atendimento”.
Um exemplo, apontou, foi o último caso do paciente que morreu à porta do Hospital Américo Boavida. De acordo com o especialista, a falta de humanização e do NSP é a razão pela qual as pessoas procuram serviços no exterior do país.
A experiência do paciente e dos familiares deve ser a mais agradável possível, dentro do ambiente hospitalar. "Quando isso não acontece causa traumas e muitas vezes danos irreversíveis”, adiantou.
Evitar erros e sanções graves
Para o especialista em Qualidade e Segurança do Paciente, os profissionais de saúde devem saber ouvir sempre os pacientes e os familiares para que os erros e sanções graves, por parte das direcções dos hospitais sejam banidos. "Punir os profissionais de saúde, não é uma solução inteligente. A solução é criar um processo educativo contínuo para reduzir ao máximo estes danos”, sublinhou.
Acácio Silas realçou que em Angola o problema não está no investimento, porque nos últimos anos, o Governo tem estado a investir muito no sector da Saúde. "O problema está centrado no não seguimento das orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS)”.
Mais atenção
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) dão conta que cerca de 2,6 milhões de pessoas morrem anualmente, em países de média e baixa renda, por falta de cuidados de saúde seguros. A maior parte das mortes pode ser evitada se os sistemas forem melhorados e se começasse a olhar para os pacientes como parte activa dos cuidados de saúde.
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