O ecologista João Seródio disse, esta terça-feira (30), em Luanda, que o abate de árvores para a exploração de madeira deve ser feito de forma sustentável, para se evitar alterações climáticas.
João Seródio, que falava no seminário sobre "Educação para a acção climática - transformando indivíduos e comunidades”, organizado pela Biota, empresa de consultoria ambiental, especializada em biodiversidade e água, lamentou a forma desenfreada como são desmatadas as florestas, para a exploração de madeira.
"A floresta tropical é complexa, não podemos abater todas as árvores de uma espécie, porque senão as outras acabam por morrer, tendo em conta que há uma interacção entre todas as espécies vegetais”, explicou o também docente universitário.
Segundo João Seródio, quando se faz o abate de árvores é preciso ter-se em conta o número, tipo e o período. Acrescentou que Angola pode estar condenada, daqui há 20 ou 30 anos, a um grande período de falta de água, devido ao abate desenfreado de árvores, para a exploração de madeira
João Seródio explicou que as alterações climáticas são causadas por vários factores e os seres vivos têm que se adaptar a elas.
"Como sabemos, há tempestade nesse momento na Europa, causando fortes alagamentos de cidades, e, noutras regiões, como na África do Sul, há seca severa. Em relação à tempestade El Ninõ, temos a sorte de estarmos numa situação geográfica intermédia e com isso não somos, duramente, afectados como em outros países”.
Segundo as Nações Unidas, referiu, de 2040 a 2070, provavelmente, na África Austral registar-se-ão longos períodos de seca, que vão obrigar a população da Africa do Sul a emigrar para o Norte (Angola e Congo).
Aterros sanitários
A ambientalista e fundadora da Startup Nzolani Renewable, Verónica Choconesa, considera crime ambiental a criação de aterros sanitários, devido aos gases nocivos que o lixo contém.
"O gás que o lixo contém possui uma substância que se constitui no maior poluidor e que causa graves problemas à saúde humana. É necessário começarmos a perceber que se pararmos de descartar o lixo e passarmos a transformá-lo não teremos necessidade de aterros sanitários”, disse a engenheira em perfuração de poços de petróleo e gás, após participar da mesa redonda sobre "Alterações climáticas no contexto de Angola”.
Verónica Choconesa defendeu mais campanhas de educação da população sobre a necessidade de se apostar na reciclagem de modo a gerar sustentabilidade.
Sobre o tema da mesa redonda disse que Angola é considerada um dos países que mais produz gás de efeito estufa, com a produção de petróleo, gás, carvão e desflorestação.
"O homem é o principal causador das alterações climáticas, porque produz gás de efeito estufa, através das indústrias”, concluiu.
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