Política

Espanha incentiva investimentos para Angola

César Esteves

Jornalista

O Presidente do Governo de Espanha disse que o seu país tem muitas empresas com grande experiência internacional nas áreas de transportes e infra-estruturas, que poderiam contribuir no processo de diversificação económica e desenvolvimento de Angola.

09/04/2021  Última atualização 02H17
Presidente do Governo de Espanha e os empresários que o acompanharam © Fotografia por: DR

Pedro Sánchez vê Angola como um mercado importante para a Espanha e com o qual prioriza manter relações de excelência. O governante lembrou que as empresas espanholas estão em Angola desde a Independência, apoiando o desenvolvimento com a construção de infra-estruturas. Disse, por outro lado, que "grandes oportunidades” existentes no país podem ser aproveitadas pelas empresas espanholas.

Dados avançados nesta quinta-feira (7), indicam que a Espanha tem, em Angola, 82 projectos de investimentos, desde 1990 até Dezembro do ano passado, em sectores como Construção Civil (23), Prestação de Serviços (17), Indústria (15), Comércio (13), Pescas (7), Saúde (3), Imobiliário (2), Indústria Extractiva (1) e Agricultura (1). O volume de investimento é de 460,5 milhões de dólares.

As trocas comerciais mostram a importância das relações entre os dois países, com referência à média das exportações espanholas, nos últimos sete anos até 2015, de 236 milhões de euros, alcançando, em alguns anos, os 500 milhões. Já a parte angolana, nesse período, exportou para Espanha uma média de 1,3 mil milhões de euros anuais, superando o grosso em 2,7 mil milhões de 2014.

Pedro Sánchez lembrou as "grandes potencialidades e recursos de Angola, que constituem enormes oportunidades de financiamento e de projectos de investimentos directos. "Consideramos que podemos fortalecer esta cooperação bilateral nas áreas industrial, de águas, saneamento, tratamento de resíduos sólidos, hospitais, gestão da saúde, bens e equipamento, turismo, pesca e segurança, apenas para citar estes”, salientou.

Já o Presidente João Lourenço encorajou, por isso, o investimento privado directo de empresas espanholas em todos os ramos da economia nacional, assim como a sua participação nas empreitadas de importantes projectos de investimento público, tais como nos domínios das infra-estruturas, construção civil, energia, ensino superior e saúde, ao abrigo das linhas de crédito que gostariam de ver renovadas e reforçadas.

Espanhóis no PLANAGEO

Entre as empresas que participaram no Fórum de Negócios Angola-Espanha, está a consultora de engenharia e mineração Impulso, há mais de 13 anos em Angola, gestora da UTE PLANAGEO, consórcio constituído com os institutos mineiros de Espanha e de Portugal.

O gestor, Paco Cuervo, destacou o Plano Nacional de Geologia (PLANAGEO) de 115 milhões de dólares, considerando-o estratégico e estruturante para a diversificação da economia angolana e para os interesses de Espanha e da Europa, já que tem a ver com a descoberta de minerais importantes para o desenvolvimento da indústria moderna. O trabalho de desenvolvimento da zona Sul pela UTE PLANAGEO iniciados há sete anos, já em fase final, vão permitir ao país dispor de um mapa geológico mais modernos de África.

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