A colectânea de contos “Os funerais de Manguituka, o terrível bandido & outros mambos”, a ser lançado hoje, às 17h00, na União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda, marca o regresso ao mercado literário do escritor e jornalista Albino Carlos.
"Os funerais de Manguituka, o terrível bandido& outros mambos” reúne um conjunto de pequenas, mas densas e abrangentes narrativas, tendo como denominador comum a forma como as ideias e os sentimentos são apresentados ao leitor numa prosa deslumbrante e, muitas vezes, cáustica, que privilegia os efeitos de sentido.
Convidando o leitor para uma variedade de temas, que vão desde a delinquência e a infância, da questão da emigração à saudade, passando pela omnipresença do telemóvel nas vidas das pessoas, o autor revela maturidade na relação com a palavra escrita, explorando a forma como os angolanos encaram o acto de narrar como uma necessidade básica.
De acordo com o prefácio de António Barbosa de Mascarenhas, Albino Carlos é dono de uma escrita única e cativante, onde cada palavra de cada frase e cada frase de cada página, de livro em livro, resultam de um esforço oficinal e de uma paixão que transcendem a alma das palavras e o âmago das ideias.
"Os funerais de Manguituka, o terrível bandido & outros mambos” é uma obra intensa e envolvente que captura a essência de personagens complexos e controversos, transportando o leitor para um mundo intrigante de aventuras e mistérios.
Albino Carlos notabiliza-se por escrever sobre a idiossincrasia da alma angolana tal qual. Neste sentido, tem no prelo uma trilogia da música angolana ("História da Música Angolana”, "Semba” e "Muxima-Luanda”) que constitui um dos mais profundos e ousados estudos sociológicos que ajudam a conformar uma ideia de Angola e a compreender a maneira peculiar de ser angolano.
Escritor de obra premiada
Albino Carlos é um dos mais aclamados autores das letras angolanas, sendo destacado pela forma como esculpe com mestria a palavra e as ideias no modo de retratar a idiossincrasia do nosso povo.
Prémio Nacional de Literatura-2014 com o livro "Issunje”, Prémio de Literatura António Jacinto - 2006 com "Olhar de lua Cheia” e vencedor dos Globos de Ouro Angola – 2019 com "Caça às bruxas”, Albino Carlos regressa agora mais uma vez nas vestes de contista prolífico e singular, comprovando a sensibilidade imaginativa e a intensidade ficcional de uma escrita de fina estampa que tem figurado em antologias e edições traduzidas de grande prestígio em Angola e além-fronteira.
Albino Carlos é membro da Academia Angolana de Letras, da União dos Escritores Angolanos e da União dos Jornalistas Angolanos, sendo docente da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, licenciado e mestrando em Ciências da Comunicação pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e Doutorado em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Albino Carlos é assinatura reconhecida do jornalismo e da política e figura destacada do meio académico e cultural angolanos. Como jornalista, trabalhou na Rádio Nacional de Angola, na Revista Novembro e no Jornal de Angola. É Membro da União dos Jornalistas Angolanos e já integrou o Conselho Directivo da Entidade Reguladora da Comunicação Social (ERCA).
É docente da Faculdade de Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto, membro da Academia Angolana de Letras, tendo sido Director-Geral do Instituto Superior de Ciências da Comunicação (ISUCIC) e do Centro de Formação de Jornalistas (CEFOJOR). No Ministério da Comunicação Social exerceu várias cargos, o último dos quais foi de Director Nacional de Publicidade.
Em termos político-partidário, é membro do Comité Central do MPLA, tendo sido Secretário do Bureau Político para a Informação e Propaganda e Secretário para a Política Social. Albino Carlos gosta de ser apresentado como caluanda puro. Nasceu há 58 anos na mais famosa rua (Rua do Povo) daquele que considera ser o bairro mais bonito do mundo, o Rangel. Tem orgulho de ser tratado como o rangelito. É defensor acérrimo da cultura nacional e um dos mais fervorosos admiradores da música angolana da qual tem sido um dos mais empenhados investigadores.
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