O continente africano é marcado por um passado colonial e lutas pela independência, enfrenta, desde o final do século passado e princípio do século XXI, processos de transições políticas e democráticas, muitas vezes, marcados por instabilidades, golpes de Estado, eleições contestadas, regimes autoritários e corrupção. Este artigo é, em grande parte, extracto de uma subsecção do livro “Os Desafios de África no Século XXI – Um continente que procura se reencontrar, de autoria de Osvaldo Mboco.
A onda de contestação sem precedentes que algumas potências ocidentais enfrentam em África, traduzida em mudanças político-constitucionais, legais, por via de eleições democráticas, como as sucedidas no Senegal, e ilegais, como as ocorridas no Níger e Mali, apenas para mencionar estes países, acompanhadas do despertar da população para colocar fim às relações económicas desiguais, que configuram espécie de neocolonialismo, auguram o fim de um período e o início de outro.
O país completou a primeira fase do processo de busca de meios para a sustentação das necessidades tecnológicas, com a entrada em funcionamento, na sexta-feira, do Centro de Controlo e Missão de Satélites.
Em função da aposta continuada em adquirir capacidade tecnológica, acredita-se que o caminho, apesar de se ter mostrado complicado, era o certo para levar ao início de uma era propensa ao reforço da implementação da estratégia de crescimento integrada no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN). Este passo, permite ao país explorar o campo da qualidade do espaço. No domínio do geoespacial, as coisas ficam à mercê da forma como "vamos” enquadrar a perspectiva de localização, tendo em conta os geopontos, em referência à proximidade de outros contextos com os quais passamos a coabitar, desde agora, com o objectivo de avançarmos de forma sólida no desenvolvimento da ciência espacial.
No contexto geoterritorial, afigura-se à possibilidade de um alargamento na operacionalização dos programas dirigidos à terra, podendo ser mais fácil definir limites territoriais, mas, também, ao ambiente, reforma à prática de valorização dos solos e o aproveitamento hidrográfico. Foi nessa ordem que o Presidente da República, João Lourenço, na inauguração do Centro de Controlo e Missão de Satélites, afirmou que a entrada em funcionamento determinava o desenvolvimento do país. Acrescentou, combinando as valências do Centro com a capacidade do satélite, que os serviços do Angosat2 vão contribuir para o melhoramento das Telecomunicações, Comunicação Social, Agricultura, Ciência e Educação.
As duas infra-estruturas, tanto o Angosat2, como o Centro de Controlo e Missão de Satélites, representam, por si só, duas apostas de impacto na vida das famílias e das empresas. Aliás, não temos como ver as coisas de outra forma, a julgar que as pessoas têm a vida ligada ao espaço tecnológico. Por opção ou não, a cidadania passa pela infra-estrutura tecnológica que produz, armazena e põe a circular, em tempo record, a informação que orienta as sociedades. Daí a razão do Presidente João Lourenço ter mencionado, de forma oportuna, que o Angosat2 é determinante para o nosso desenvolvimento. Concordamos, facilmente, que os serviços do satélite criam as condições necessárias para as instituições manterem uma relação de maior proximidade com os cidadãos, oferecer mais qualidade ao ensino à distância, à pesquisa e investigação, enfim, a todo um conjunto de actividades políticas e sociais.
O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social iniciou, desde um tempo a esta parte, um processo de sensibilização das instituições, no âmbito das políticas públicas, para que apostem nos processos de moralização das pessoas. O objectivo é trabalhar, aproveitar as tecnologias para impulsionar a recuperação de valores morais e cívicos, por forma a se consolidar a cidadania. Os media, públicos e privados, devem actuar com equilíbrio, para elevarem a consciência colectiva, no sentido de todos assumirem o seu papel social.
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LoginTrata-se de um relevante marco o facto de o Conselho de Ministros ter aprovado, na segunda-feira, a proposta de Lei dos Crimes de Vandalismo de Bens e Serviços Públicos, para o envio à Assembleia Nacional que, como se espera, não se vai de rogada para a sancionar.
Semana passada, estive atento a um debate televisivo sobre o processo autárquico versus nova Divisão Político-Administrativa, com as duas principais forças políticas representadas, num painel em que também estiveram representadas outras sensibilidades, nomeadamente da sociedade civil. Um exercício interessante, que veio uma vez mais provar que é possível, na comunicação social angolana, reunir intelectuais de diferentes credos políticos para debater questões de interesse do nosso país.
O Presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, é muito conhecido globalmente por vários feitos e circunstâncias, nem sempre consensuais, sobretudo em termos ideológicos. Todavia, Lula da Silva tem o condão de ser o rosto de um dos mais revolucionários programas de transformação estrutural e social, em diapasão com os principais Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, para 2030, aqueles relacionados ao combate à fome e à pobreza.
A ética e a deontologia na Antiguidade sobretudo a partir do século V a.C na cultura do povo heleno, sempre ocuparam um papel central nas reflexões filosóficas, em virtude de possuírem na sua essência uma linha orientadora da conduta do homem em sociedade, capaz de despertar nele a consciência de cidadania, alteridade, responsabilidade e integridade na gestão da coisa pública em prol do bem comum.