Opinião

Era tecnológica solidifica políticas públicas

Altino Matos

O país completou a primeira fase do processo de busca de meios para a sustentação das necessidades tecnológicas, com a entrada em funcionamento, na sexta-feira, do Centro de Controlo e Missão de Satélites.

29/01/2023  Última atualização 06H10
Para atrás ficam anos de condicionalismos técnicos, quanto ao acesso aos serviços como na facilitação do manuseio dos dispositivos, demonstrando claramente que valeram os investimentos significativos feitos em homens e mulheres, assim como no segmento espacial.

Em função da aposta continuada em adquirir capacidade tecnológica, acredita-se que o caminho, apesar de se ter mostrado complicado, era o certo para levar ao início de uma era propensa ao reforço da implementação da estratégia de crescimento integrada no Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN). Este passo, permite ao país explorar o campo da qualidade do espaço. No domínio do geoespacial, as coisas ficam à mercê da forma como "vamos” enquadrar a perspectiva de localização, tendo em conta os geopontos, em referência à proximidade de outros contextos com os quais passamos a coabitar, desde agora, com o objectivo de avançarmos de forma sólida no desenvolvimento da ciência espacial. 

No contexto geoterritorial,  afigura-se à possibilidade de um alargamento na operacionalização dos programas dirigidos à terra, podendo ser mais fácil definir limites territoriais, mas, também, ao ambiente, reforma à prática de valorização dos solos e o aproveitamento hidrográfico. Foi nessa ordem que o Presidente da República, João Lourenço, na inauguração do Centro de Controlo e Missão de Satélites, afirmou que  a entrada em funcionamento determinava o desenvolvimento do país. Acrescentou, combinando as valências do Centro com a capacidade do satélite, que os serviços do Angosat2 vão contribuir para o melhoramento das Telecomunicações, Comunicação Social, Agricultura, Ciência e Educação.

As duas infra-estruturas, tanto o Angosat2, como o Centro de Controlo e Missão de Satélites, representam, por si só, duas apostas de  impacto na vida das famílias e das empresas. Aliás, não temos como ver as coisas de outra forma, a julgar que as pessoas têm a vida ligada ao espaço tecnológico. Por opção ou não, a cidadania passa pela infra-estrutura tecnológica que produz, armazena e põe a circular, em tempo record, a informação que orienta as sociedades. Daí a razão do Presidente João Lourenço ter mencionado, de forma oportuna, que o Angosat2 é determinante para o nosso desenvolvimento. Concordamos, facilmente, que os serviços do satélite criam as condições necessárias para as instituições manterem uma relação de maior proximidade com os cidadãos, oferecer mais qualidade ao ensino à distância, à pesquisa e investigação, enfim, a todo um conjunto de actividades políticas e sociais.

O Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social  iniciou, desde um tempo a esta parte, um processo de sensibilização das instituições, no âmbito das políticas públicas, para que apostem nos processos de moralização das pessoas. O objectivo é trabalhar, aproveitar as tecnologias para impulsionar a  recuperação de valores morais e cívicos, por forma a se consolidar a cidadania. Os media, públicos e privados, devem actuar com equilíbrio, para elevarem a consciência colectiva, no sentido de todos assumirem o seu papel social.                 

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