Sociedade

Ensino técnico-profissional domina encontro em Luanda

Edivaldo Cristóvão

Jornalista

O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, através do Instituto Nacional de Qualificações, realiza, desde segunda-feira, em Luanda, o primeiro Conselho Sectorial de Qualificações da Família Profissional de Alojamento, Restauração, Turismo, Administração, Gestão e Serviços de Apoio.

21/03/2023  Última atualização 08H26
Ministério realiza Conselho Sectorial de Qualificações da Família Profissional © Fotografia por: DR

A directora-geral do Instituto Nacional de Qualificações (INQ), Edgarda de Sacramento Neto, disse que o encontro serve para validar as referências de formação e de competências, elaboradas pelo Conselho de Qualificações. Explicou que o Instituto Nacional de Qualificações, aprovado pelo Conselho de Ministros, em 23 de Julho de 2022, é responsável pelo processo de avaliação, atribuição, reconhecimento de competências e outros mecanismos que associem a educação e a formação técnico-profissional ao mercado de trabalho. "O Instituto Nacional de Qualificações tem a missão de elaborar as qualificações de vários sectores económicos”. 

Acrescentou que os conteúdos das famílias de alojamento, restauração, turismo e administração foram avaliados, em primeira estância, por serem consideradas as principais vias para o desenvolvimento estratégico e obtenção de empregos no país. Segundo Edgarda de Sacramento Neto, os sectores têm a oportunidade de melhorar os serviços e os produtos que colocam no mercado, tendo em conta a formação e a capacitação dos quadros formados pelo ensino académico e técnico-profissional, daí a necessidade de uma nova grelha formativa.

Edgarda de Sacramento Neto disse que o objectivo do INQ é tornar os jovens mais qualificados e preparados para o mercado de trabalho, assim como definir que tipo de centros estão capazes para formá-los, sejam públicos ou privados.

Neste momento, anunciou, três províncias foram seleccionadas para dar arranque ao programa piloto, nomeadamente Luanda, Benguela e Huíla, por representarem o maior número de empregadores a nível do país.

A directora-geral do INQ explicou que o trabalho está a ser feito em conjunto com o Programa de Revitalização do Ensino Técnico e de Formação Profissional de Angola (Retfop), financiado pela União Europeia.

As qualificações do INQ, referiu Edgarda Sacramento Neto, são arrumadas por grupos de famílias ou sectores, como Agrícola, Saúde, Energia, Turismo, Ambiente, Restauração e outros, para que os quadros angolanos passem a ter valências que lhes permita trabalhar em outros países com a mesma qualificação adquirida em Angola.

Na ocasião, o coordenador geral do projecto Retfop, Alexandre Rosa, disse que a instituição que dirige tem como objectivo fundamental ajudar a revitalizar e a melhorar o sistema de ensino técnico-profissional.

Referiu que o momento serve para coordenar e estruturar a oferta formativa, quer no ensino técnico-profissional, como no ensino académico angolano.

Considerou que o Governo angolano tem muitos desafios e vai passar a fazer parte do conjunto de países com catálogo nacional de qualificaçoes, reconhecidos internacionalmente. Alexandre Rosa disse que o processo de mudança é lento, porque implica programas adequados e pessoas capazes para formar.

Explicou que o INQ identificou 27 famílias de qualificações profissionais no país, de todos os sectores, tendo referido que em Portugal existem 370 qualificações no seu catálogo e que Angola pode atingir valores desta natureza, através de um trabalho bem feito com o sector empresarial e outros da economia.

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