O grupo Enigma Teatro apresenta, hoje, às 19h00, no Palácio de Ferro, em Luanda, a peça “A Raiva”, enquadrada na rubrica “Mo Teatro”.
A sinopse da peça destaca que os homens são apresentados como se de animais irracionais se tratassem, numa tentativa de mostrar o comportamento de uma família pobre diante de vários problemas.
Segundo o director artístico do grupo, Estévão Costa, a história da peça vai fazer a sociedade reflectir em torno da problemática da pobreza na família, ao retratar o quotidiano dos luandenses.
Estévão Costa explicou que a mostra vem apelar ao resgate de valores morais e cívicos, bem como à boa convivência entre os cidadãos. O elenco da peça vai ser constituído por Estévão Costa "Chitel”, Fernandes Rodrigues, Inácio Gomes, Jany Alberto, Luciano Ulica, Daniel Paulo, Ludiany Kalandji, Dartónio Dário e Nelson Cabanga.
O projecto "Mo Teatro”, no Palácio, surge da necessidade de dar espaço e vez aos grupos ou companhias de teatro locais. No ano passado, realizou-se a primeira temporada e contou com actuações dos mais variados grupos e companhias, como a Companhia Enigma Teatro, Etu Ngo, Massoxi Teatro, Horizonte Ngola Kiluanji, Colectivo Feloma e Mussanzala.
Os grupos fazem parte do projecto e comungam do mesmo objectivo de contribuir na dinamização do teatro angolano. O Enigma Teatro surgiu a 18 de Julho 1998, da fusão dos grupos Makotes (1987) e Comba Meneck (1997).
A agremiação herda todo o acervo histórico e artístico do antigo projecto. Integrado por 12 membros (actores e técnicos), a Companhia Enigma Teatro atingiu o reconhecimento "artístico” por mérito próprio, através das suas performances e propostas estéticas, consideradas pela crítica local como inovadoras, satíricas e contemporâneas. O Enigma Teatro passou, a partir de 15 de Novembro de 2008, a reger-se pela Lei das Associações e demais legislação aplicável às associações na República de Angola, adquirindo concomitantemente a sua personalidade jurídica.
O grupo foi vencedor do primeiro "Concurso Nacional de Teatro”, realizado em Benguela, em Agosto de 1989, no âmbito do Fenacult, com a peça intitulada "Kakila” e na segunda edição do mesmo concurso o grupo ocupou a segunda posição.
O grupo participou pela primeira vez no "Prémio Cidade de Luanda”, edição de 2008, e ocupou a segunda posição para a melhor encenação e o melhor actor, com a peça "De Luandinha a Luanda para Luandão”.
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