A Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA) queixou-se, esta quarta-feira, das baixas taxas de ocupação, ausência de créditos financeiros bonificados, falta de uma central logística e de energia e água canalizada, em algumas zonas, para alavancar o sector.
A conferência "Doing Business in Angola" que decorreu, terça-feira, em Lisboa, reuniu empresários portugueses de destaque com experiência consolidada e aqueles que aspiram ingressar no mercado angolano.
A empresa italiana de energia Eni anunciou que, a partir do próximo ano, produz óleo vegetal à escala, em Angola, tendo já identificada uma área para implementar o projecto, com ganhos para o processo de diversificação de economia adoptado pelo Governo, de acordo com o director de Recursos Naturais da companhia, Guido Brusco.
"A Eni está a avançar com um novo negócio, de produção de agro e bio-matéria-prima em Angola. Estamos já a preparar a campanha de plantação que terá início nos próximos meses e já identificámos a área para a construção do primeiro complexo industrial do país”, declarou o responsável citado, ontem, pela RNA.
Segundo Guido Brusco, a fábrica vai ter uma capacidade de 30 mil toneladas por ano e a produção do primeiro óleo vegetal está prevista para 2024, no primeiro passo do que a fonte disse ser o primeiro passo de um ambicioso plano para produzir duas mil toneladas até 2030.
Acrescentou, por outro lado, que a Eni está fortemente apostada no desenvolvimento de projectos de gás. "O desenvolvimento de gás em Angola será também um catalisador para outras oportunidades: vai apoiar o desenvolvimento da indústria petroquímica, em particular a produção de fertilizantes que vão alimentar o sector agrícola, incluindo a bio-matéria-prima para produzir combustível descarbonizado. O gás de facto é o combustível ideal para a transição energética em longo prazo no país", afirmou.
A RNA citou o especialista angolano em energia José de Oliveira a valorizar a aposta da Eni no desenvolvimento de projectos de gás em Angola. "Sabe-se já de alguns campos descobertos em águas profundas, à volta do Soyo, que têm de ser avaliados: é provável que, daqui a três ou quatro anos, se possa decidir duplicar a capacidade de produção", disse.
O especialista reconheceu que, em Angola, "não somos ricos em gás como é a Nigéria, por exemplo, a Argélia ou a Líbia. E portanto, o gás será um complemento, mas nunca em condições de substituir o petróleo, especialmente em termos de receitas estatais".
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