Em comunicado, a Eni disse que foi o primeiro grande projecto na Líbia desde o início de 2000 e envolveu o desenvolvimento de dois campos de gás offshore. A Eni detém 80 por cento da produção de gás da Líbia.

"A produção combinada de gás das duas estruturas começará em 2026 e atingirá um patamar de 750 milhões de pés cúbicos de gás padrão por dia", avança o comunicado. A produção será assegurada por meio de duas plataformas principais ligadas às instalações de tratamento existentes no Complexo Mellitah, 80 quilómetros (50 milhas) a Oeste da capital.

O projecto também inclui a construção de uma instalação de captura e armazenamento de carbono (CCS) em Mellitah, permitindo uma redução significativa da pegada de carbono geral.

"O investimento total estimado será de 8 mil milhões de dólares, com impacto significativo na indústria e na cadeia de suprimentos associada, permitindo uma contribuição significativa para a economia líbia”, acrescenta a empresa.

O acordo foi assinado na presença da primeira-ministra italiana Giorgia Meloni, que visitou Trípoli (capital da Líbia), e o seu homólogo Abdulhamid Dbeibah, que chefia o Governo de Unidade Nacional mediado pela ONU.

Meloni também visitou a Argélia em busca de acordos de fornecimento do maior exportador de gás da África.

Os governos europeus têm estado a encontrar alternativas ao gás russo desde que a invasão da Ucrânia no ano passado viu as entregas reduzidas para menos da metade dos níveis pré-guerra.