A descoberta dos referidos artefactos, cuja quantidade corresponde a de um paiol, como explicou Eugénio Horácio, ocorreu quando funcionários do INCA preparavam novos lotes de terra para alfobres de mudas de café, na estação experimental da instituição na cidade do Uíge, perímetro onde está localizado o Palácio do governador provincial, José Carvalho da Rocha.

Eugénio Horácio disse que logo que se depararam com objectos estranhos, os funcionários notificaram o INAD que, por sua vez, mobilizou equipamentos e técnicos que trabalharam durante a amanhã de ontem para os remover. O chefe do departamento do INAD, no Uíge, mostrou-se preocupado com o aparecimento de diversos engenhos explosivos não detonados num bairro que faz parte da zona urbana da cidade.

Referiu que no historial do processo de desminagem na província do Uíge, na localidade tem sido, frequentemente, encontrados engenhos de vários tipos, mas as quantidades agora encontradas são surpreendentes e preocupantes.

"Não é a primeira vez que foram detectados engenhos explosivos não detonados naquele perímetro. Têm sido encontrados dois a três peças, mas esta é a primeira vez são detectadas estas quantidades, o constitui um caso preocupante para todos e requer um trabalho mais profundo para livrar o perímetro destes engenhos, pelo que apelamos ao cuidado de todos”, disse.

Eugénio Horácio revelou que dos 265 artefactos encontrados são obuses de morteiro de 82 milímetros, morteiro de 62 milímetro, munições de ZU 23 mm e cabeças combativas de explosivos de morteiros de 62 milímetros.

 " Fomos notificados através da Polícia Nacional em função duma actividade pontual e, ao chegarmos no local, ao invés de ser apenas um engenho, detectou-se que são vários engenhos num total de 265, correspondente a um paiol”, disse.


Lussilavova Lopes | Uíge