Economia

ENCIB decide amortizar dívida à Segurança Social

Alberto Quiluta

Jornalista

A carteira de negócios detida pela ENCIB permite a amortização da dívida de 200 milhões de kwanzas que a companhia de obras públicas afecta ao Governo Provincial de Luanda (GPL), tem, em contribuições, para com o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), anunciou, em Luanda, o director-geral.

27/03/2021  Última atualização 14H26
Director-geral da ENCIB, Lauriano Tchoya, no fórum © Fotografia por: Eduardo Pedro | Edições Novembro
Lauriano Tchoia, que falava, quinta-feira num Fórum da Alta Direcção organizado pela ENCIB, para a apresentação de um diagnóstico e de perspectivas para o relançamento da companhia, afirmou que, além do cumprimento de uma determinação legal, a decisão visa refrear os ânimos de trabalhadores reformados desde 2015 sem ter acesso aos subsídios do INSS, o que está a ser resolvido de forma gradual.

A carteira de negócios da Empresa Nacional de Construção de Infra-estruturas Básicas (ENCIB), apontou o director-geral, é liderada por uma central de britagem localizada em Caxito e uma mina de rocha asfáltica, activos que disse poderem "alavancar” a dinâmica da empresa.

Além disso, a empresa está a trabalhar na conclusão dos reservatórios de 181 escolas em todos os municípios da província de Luanda, no âmbito do combate à pandemia da Covid-19, estando, ainda, em curso, trabalhos de "tapa-buracos” nas principais vias da capital, com a previsão do recomeço, dentro de alguns meses, da terraplanagem nas principais ruas e vias terciárias, com destaque da rua da Robaldina, no distrito urbano do Grafanil, em Viana.
Lauriano Tchoia apontou, também, uma nova parceria com uma empresa de artefactos de cimento, que poderá permitir um encaixe mensal de mais de 20 milhões de kwanzas.

A decisão do pagamento da dívida para com o INSS inclui-se nos planos de relançamento da companhia, onde são identificadas as fraquezas e traçadas perspectivas para a adopção de um reposicionamento institucional e comercial da empresa diante dos desafios do mercado.

De acordo com a fonte, estas acções visam garantir a coesão dos colaboradores com base no melhoramento das condições sociais, assim como a recuperação do parque de máquinas e equipamentos, o relançamento da empresa no mercado de obras e infra-estruturas e a expansão no mercado nacional.

O vice-governador de Luanda para o Sector Económico, Lino Sebastião, prometeu, ao discursar na reunião, a manutenção do apoio à empresa que, apesar de estar circunscrita a Luanda, gera expectativas relacionadas com a expansão da carteira de negócios, sendo importantes as contribuições dos especialistas que participaram na reunião.
Lino Sebastião deixou pistas para as decisões, ao considerar que a ENCIB não pode ter o Estado como único cliente, apelando ao conhecimento e à criatividade para a adopção de medidas que reduzam o impacto da conjuntura sobre as operações da empresa.

O Fórum de Alta Direcção organizado pela ENCIB contou com a participação de representantes do Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA), Empresa Nacional de Distribuição de Electricidade (ENDE) e a Empresa Pública de Águas (EPAL).  Tutelada pelo GPL desde de 1985, a ENCIB foi criada ao abrigo do Decreto nº  60/78, de 7 de Abril.

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