A privatização da empresa de Transportes Colectivos e Urbanos de Luanda – TCUL E.P continua na agenda do Estado, mas com a necessidade de se concluir o processo de saneamento económico-financeiro, e também da reestruturação ainda em curso.
A actual perspectiva do crescimento do segmento industrial em Angola é suportada pela existência de mais 170 projectos estruturantes concretos, em diferentes fases de desenvolvimento, que garantem a concretização da meta de 25 por cento das necessidades de electricidade com origem na indústria.
A presidente da Comissão Executiva do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA), anunciou, recentemente, em Moçâmedes, província do Namibe, a abertura nos próximos tempos, de uma Agência bancária com a finalidade de aproximar a instituição aos empresários, sobretudo com a concessão de mais créditos à produção local.
Patrícia Almeida intervinha no encontro com a classe empresarial local onde puderam uma vez mais inteirar-se do financiamento que se impõe aos projectos de desenvolvimento económico da província, no quadro de novos programas do Executivo referentes ao plano a Pesca, plano a Grão e plano a Pecuária.
”Nós temos a nossa agência já aberta no Lubango, mas fomos lançando um desafio e prometemos cumprir, que vamos abrir agência também aqui na província do Namibe, porque faz todo sentido para aquilo que é o fluxo de negócio que nós identificamos”, justificou. Acrescentou que o BDA está "aqui” para cumprir a sua missão, e reconhece que a província de facto "é rica”, dada a oportunidade que teve de verificar as potencialidades económicas da região.
Sobre a existência no Namibe de empresários comprometidos com a causa, a PCE assegurou que o BDA está para ajudar no que for necessário, criando condições legíveis para poder então aderirem aos financiamentos e dar toda força e suporte.
Governo provincial
O governador do Namibe disse acreditar no empresariado local e tem a certeza que exercendo esse papel de facilitador (interlocutor) enquanto governo provincial, "podemos ajudar a alavancar o sector produtivo da província”, uma vez reconhecido em todos os programas do Governo um potencial elevado nos diferentes domínios, destacando o piscatório, salineiro, mas também o pecuário e da agricultura.
Esses dois últimos, comentou, não tanto da mesma dimensão ou com o mesmo histórico dos dois primeiros, "mas têm a convicção de ir para lá caminhamos”.
Para o governador, isso representa "bem” a importância que o banco tem dado, (muito importante para o desenvolvimento do país), para a execução de dois planos da economia local recentemente aprovados pelo Executivo. Esses planos ao serem concretizados vão certamente dar grande contribuição para diversificação da economia nacional na redução das im-portações, bem como na ba-lança de pagamentos.
O governante está convicto que só por via desses projectos a província virá reduzir as taxas de desemprego e dessa forma também garantir uma melhor distribuição de rendimento nacional. Referir que o BDA já financiou no Namibe, nos últimos cinco anos, um total de 85 projectos cotados em mais de mil 573 milhões de kwanzas, no âmbito dos programas de alívio económico e PAC reestruturado.
Empresários afirmaram, embora com certa desconfiança, que as expectativas "são boas”, mas falam das inquietudes ao longo do período em que estão nos ramos das pescas e hoteleiro, onde têm vindo a batalhar com os seus meios e esforços próprios, tal como argumentou Honrado Republicado.
"Possa ser que agora com esse esforço que o nosso Governo Provincial está fazer, haja coisas mais concretas e nos permita alavancar as nossas economias, para o bem das comunidades, porque a concretização das expectativas vai permitir mais emprego, mais estabilidade e sustentabilidade dos empresários”, disse.
O presidente da Associação
Provincial de Pescas, Jorge Hilário de Sousa, ciente de que "o país está a
caminhar para a estabilidade económica”, apela aos demais empresários alistados
aos créditos a terem outra responsabilidade sobre os dinheiros que recebem.
Criadas as condições para travar a concorrência desleal
No sentido de se criar uma justiça nos programas para que não haja uma "concorrência desleal e/ou discriminatória” no mercado, o BDA "tenderá aproximar” às condições de financiamento de outras linhas a estes dos programas de fomento. Deu exemplo, que, hoje, a taxa de juros desse banco ronda os 10.5 por cento/ano e a taxa de juro para os programas de fomento vai até 7.5 por cento/ano.
"O BDA, para os sectores-chaves, vai reduzir as taxas para acautelar esses desvios de mercado”, sublinhou.
Para o administrador Executivo, isso significa que os recursos disponibilizados aos programas "são limitados”, e o banco continua as operações dentro e fora dessas iniciativas. Significa, igualmente, que há promotores que serão financiados no âmbito deste programa, mas os resultados de reembolso poderão ser financiados com outras linhas do BDA, portanto, com condições de financiamento também aproximadas.
Cadastramento
Quanto à perspectiva "que é
boa” da criação de condições para a abertura de uma agência no Namibe,
Bonifácio Sessa ressaltou que enquanto isto não acontece, ou estando ainda em
acertos os moldes, o lugar e criação da estrutura do sistema para o efeito, os
colegas do Lubango poderão paralisar um pouco com as actividades naquela cidade
e concentrarem-se, a partir desta semana, em Moçâmedes (Namibe), na
continuidade do processo de cadastramento dos empresários e esclarecer dúvidas
sobre os novos programas, em particular, os afectos ao Planagrão, Planapescas e
o Planapecuária.
Encontro alargado com produtores
O encontro foi alargado a vários empresários, não só do sector pesqueiro e pecuário, que se enquadram bem com a província, para terem acesso à facilidade de financiamento para concretização dos seus projectos.
O objectivo, além dos contactos directos que o BDA está fazer com as em-presas ou cooperativas, foi também ouvir o empresariado em relação às ne-cessidades de financiamento e as perspectivas em termos de projectos a serem concretizados.
O administrador Executivo do BDA para a Área de Negócios, Bonifácio Sessa, aclarou que além dos planos em carteira, o banco tem outras linhas de financiamento para outros sectores de actividade desde comércio e serviço, sector da indústria e outras actividades produtivas ou de apoio à produção agrícola.
Para o Namibe, esta é uma fase inicial do processo atendendo o convite formulado por governador Archer Mangueira, mas no âmbito da implementação destes planos - grãos, pesca e pecuária, vêm sempre acções de diagnósticos que consistirão às empresas existentes de entre outras acções a criação de condições que possam ser elegíveis ao financiamento dos programas específicos.
"Lufada de ar fresco”
Bonifácio Sessa esclareceu que o Ministério da Economia também vai criar condições para que o tratamento de alguns documentos necessários para o efeito possa "merecer de alguma celeridade” dos Órgãos do Estado.
"Estão a ser criados dispositivos e requisitos e as ´checklists` lista dos documentos necessários para o efeito, como sabemos, existem ainda elementos que não constam do Decreto Presidencial para esses programas, e esses (elemen-tos) serão aprovados pela comissão multissectorial criados para supervisionar todos esses programas, e as equipas já estão a trabalhar”, disse.
De todos os subsídios que o administrador executivo para Área de Negócios apresentou à classe empresarial do Namibe, ressalta o facto de existir uma proposta de discussão entre o BDA, o ministério da Agricultura, das Pescas e o Instituto de Apoio a Pequenas e Médias Empresas (Inapem), para onde os técnicos "já consertaram" e somente vão precisar do aval das entidades superiores para o efeito.
Entre outras novidades, vai existir formulários específicos de fácil preenchimento. Vai-se obedecer também a uma segmentação de empresas por causa dos certificados que serão passados pelo Inapem desde as micros, pequenas, médias e grandes empresas, e serão ainda definidos alguns tectos financeiros em função de segmento dessas empresas e também condições diferenciadas e uma discriminação positiva, para privilegiar as pequenas e médias empresas.
O interlocutor referiu que normalmente esses programas têm uma componente empresarial "muito forte”, mas há sempre imagens e lugar para enquadrar as micro empresas num conceito de serem reportadas por empresas grandes que podem ser o garante do financiamento para as micro empresas.
Bonifácio Sessa julga haver uma organização "muito forte” no sector da pecuária em termos de cooperativas. E estes programas privilegiam as cooperativas e a sua consideração também "será ouvida” para emitir o seu parecer, para que haja um bom senso entre todos os intervenientes no processo.
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