A receita fiscal petrolífera ascendeu a 2,6 biliões de kwanzas, de Janeiro a Abril, mais 1,2 bilião que em igual período do ano passado, quando a arrecadação fiscal petrolífera se situou em 1,4 bilião, de acordo com dados da Direcção de Tributação especial do Ministério das Finanças.
A dívida pública angolana cai para 57,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), este ano, na continuação de uma trajectória descendente iniciada em 2020, que, em 2026, situa-a em 40,2 por cento, de acordo com projecções anunciadas, em Luanda, pelo representante residente do Fundo Monetário Internacional (FMI).
O ministro da Agricultura e Pescas, António Francisco de Assis, apelou aos investidores estrangeiros a aproveitar as isenções criadas no sector, em particular no segmento pesqueiro, através da criação de infra-estruturas em terra, beneficiando-se da interligação dos mares no mundo.
O ministro reiterou a necessidade de maiores investimentos no sector e disse que os investidores têm as portas abertas caso queiram estabelecer parcerias em Angola, quer de forma singular, quer de forma colectiva.
Francisco de Assis falava por vídeo institucional exibido durante o Fórum de Negócios Angola – Emirados Árabes Unidos realizado terça-feira no Pavilhão de Angola na Expo 2020 Dubai, cujo evento foi aberto pela comissária-geral para a Expo 2020 Dubai, Albina Assis Africano, sob lema: "Investir em Angola em 2022 nas áreas da Agricultura, Energia e Transporte”.
"Temos 1.600 quilómetros de costa marítima, na qual as espécies marinhas podem se desenvolver muito bem”, assinalou.
Quanto à Agricultura, afirmou que Angola é um país onde se pode produzir tudo, desde café, cacau, amendoim, laranja, limão, tangerina, ananás, manga à banana.
"Do ponto de vista natural, o país tem excelentes condições para desenvolver não só na Agricultura, mas também noutros sectores da actividade económica, segundo o Ministro”, informou.
Dados avançados no evento revelam que as províncias de Benguela, Huambo e Cuanza Sul, representam 40 por cento do total de área cultivada de frutas. Esta informação agrada o empresário José Macedo, CEO da Novagrolíder, que aposta na produção da banana em Angola desde 2009 e já emprega 5 mil pessoas.
"Fomos convidados a investir no Perímetro de Caxito Rega e, hoje, somos referência no mercado angolano”, asseverou, para quem o país tem um clima espectacular para a produção de milhares de hectares da banana em todo o seu litoral.
"Vivo em Angola há 26 anos e consegui fazer o que nunca poderia fazer no meu país e, provavelmente, também não na Europa, para poder investir e desenvolver-se facilmente. Fiz muito mais do que pensei que pudesse fazer”, enfatizou o empresário português, que criou juntamente com o seu irmão João Macedo (falecido em Agosto de 2021), o grupo Novagrolíder.
Por seu turno, o CEO da fazenda Cristalina Megafarm na Quizenga (Malanje), disse que o seu empreendimento agrícola dedicava-se primeiro à agricultura, sendo a principal cultura o milho, e desde 2021 incorporou-se o feijão em algumas áreas, bem como a aposta na pecuária.
"Temos um regime fluviométrico de 1.100 a 1.200 mm por ano, o que favorece a agricultura de sequeiro, pois, utilizamos tecnologia de ponta sem sermos agressivos com o meio ambiente”, afirmou o empresário.
Para elucidar os investidores estrangeiros, que participaram no fórum promovido pelo Departamento de Business to Business da Comissão Interministerial para a Expo 2020 Dubai, em parceria com o Consulado Geral de Angola no Dubai e da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (APIEX) e da Missão Diplomática nos EAU, António Soares disse que a Agricultura já é um grande negócio em Angola e convida os investidores a virarem-se para o mercado angolano.
O tema "Angola um Hub Logístico” foi apresentado por Valdano Cândido da Agência Reguladora de Certificação de Carga e Logística de Angola (ARCCLA).
Investir em Angola
Ao dissertar sobre "Investir em Angola”, o representante da Embaixada de Angola nos Emirados, Sérgio Congo disse que o país vai focar-se no reforço da mobilidade entre os países membros Zona Franca Continental Africana, estabelecer pilares de boa governação, com foco no combate à corrupção e na diversificação económica.
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