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Embaixador na Rússia realça novo contexto para investimento estrangeiro em Angola

O embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola na Federação Russa, Augusto da Silva Cunha, realçou, segunda-feira, o novo contexto para o investimento estrangeiro em Angola, tendo sublinhado as reformas legislativas e modernização de serviços favoráveis às empresas estrangeiras que queiram exportar e investir no país.

06/06/2023  Última atualização 08H23
Embaixador Augusto da Silva Cunha (segundo a contar da esquerda) aborda oportunidades para investimento estrangeiro © Fotografia por: DR

De acordo com o embaixador, que falava no Fórum Internacional de Negócios, organizado pela Assembleia dos Povos da Euro-Ásia, Angola fez mudanças que podem ser benéficas para as empresas estrangeiras, dentre as quais a eliminação da taxa suplementar sobre a aplicação de capitais, não obrigatoriedade, em regra, de estabelecer parcerias com cidadãos angolanos, não existência de um valor mínimo de investimento para obter benefícios e incentivos.

Angola, fez saber, está aberta ao investimento na Agricultura, Maquinaria Agrícola, Pescas, Educação, Transportes, Construção, Saúde, Telecomunicações e Tecnologias de Informação, bem como Turismo e serviços. "Angola é um país para a oportunidade de internacionalizar os negócios e investimentos privados e públicos do empresariado dos países que formam a Assembleia dos Povos da Euro-Ásia”, disse.

"A política de diversificação da economia angolana apresenta em si mesma a maior oportunidade de investimentos e negócios”, afirmou.

O também embaixador de Angola na Comunidade dos Estados Independentes (CEI) e na Mongólia realçou as potencialidades de negócios e investimentos durante a reunião dos países que formam a Assembleia dos Povos da Euro-Ásia, tendo em conta as oportunidades que a República de Angola tem à disposição do empresariado estrangeiro.

Reiterou, igualmente, que há um caminho para percorrer. "Para tal é preciso dar o primeiro passo. Um passo na dinamização dos mercados de Angola e dos países que formam esta Assembleia”, salientou.

Augusto da Silva informou que, apesar dos cerca de 38 milhões de habitantes, o país apresenta baixa densidade demográfica. De acordo com o embaixador, Angola apresenta a segunda maior taxa de natalidade do mundo e possui uma das populações mais jovens do planeta, apresentando uma idade media de 16 anos, segundo ainda dados do Fundo das Nações Unidas para a População (FNUAP).

No capítulo económico, o embaixador realçou, igualmente, que a economia angolana é a nona maior de África, com um Produto Interno Bruto(PIB) de quase 75 biliões de dólares. Salientou que Angola é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e possui outras riquezas naturais, também importantes para o comércio exterior, como os diamantes.

Por outro lado, disse que a indústria é o sector preponderante da economia angolana, com destaque para a mineração, as indústrias petroquímicas, têxtil, processamento de alimentos, entre outras.

A produção agropecuária, informou, é de extrema importância para o país, pois, além de fornecer alimentos para a produção, concentra 85 por cento de toda a mão de obra do país. "Entre as principais culturas desenvolvidas no país estão café, milho, mandioca, abacaxi, abacate, batata doce, frutas cítricas”, referiu.

Explicou que Angola possui todas as condições para o turismo, tendo praias lindas por toda a costa atlântica, o deserto do Namibe, quedas de águas, parques e reservas de fauna e flora, e, também, a música e dança Kizomba, que se espalhada pelo mundo, sendo mesmo na Rússia o Kizzafro, um exemplo de festival de música e dança de Angola, que já vai na sua 10ª edição.

O Fórum Internacional de Negócios decorreu sob o lema "Perspectivas e Oportunidades de Cooperação entre a Rússia e os países africanos”.

A Assembleia dos Povos da Euro-Ásia é constituída por mais de 54 países e é tida como uma União Internacional de Organizações Não-Governamentais e cidadãos com posição de vida activa, que compartilham e promovem as ideias e valores de integração euro-asiática, bem como a protecção da paz, fortalecimento da amizade, parceria e boa vizinhança entre as nações.

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