Política

Embaixador da Espanha manifesta interesse em desenvolver a cooperação

O embaixador da Espanha, Manuel Lejarreta, anunciou, segunda-feira, a visita do Rei Felipe VI ao país, em Fevereiro, após uma audiência com a presidente do Parlamento, Carolina Cerqueria, tendo como base a importância da cooperação bilateral, mantida em vários domínios e com boas possibilidades de desenvolvimento.

24/01/2023  Última atualização 08H05
Presidente da Assembleia Nacional manteve encontro com o embaixador espanhol Manuel Lejarreta © Fotografia por: DR
Manuel Lejarreta destacou que esta visita de Estado de três dias do Rei Felipe VI afigura-se importante para o desenvolvimento das relações bilaterais.  

A presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, afirmou que a visita de Estado do Rei Felipe VI de Espanha, a primeira a um país da África Subsariana, vai impulsionar as relações ao mais alto nível.

As relações de cooperação entre Angola e o Reino de Espanha têm como base o Acordo Geral de Cooperação, assinado a 20 de Maio de 1987, e o Acordo Complementar ao Acordo Geral, rubricado em Novembro de 1987.

A cooperação entre os dois países tem-se intensificado no sector Empresarial. A Espanha conta com mais de 60 empresas a operarem em Angola em diversos ramos, como a Energia, Banca, Construção e Agricultura.

O Presidente da República, João Lourenço, efectuou em Setembro de 2021 uma visita de Estado ao Reino de Espanha, tendo tido um encontro, no Palácio da Zarzuela, com a Sua Majestade o Rei Felipe VI.

Os dois homens de Estado conversaram, na altura, sobre questões ligadas à cooperação bilateral, que Luanda e Madrid querem ver ampliada.

Luanda acolhe  reunião da UIP

A capital angolana vai ser palco, em Outubro próximo, da Assembleia-Geral da União Inter-Parlamentar (UIP), constituída por mais de mil deputados de todo o mundo, confirmou, ontem, o presidente do organismo, o português Duarte Pacheco.

Falando no final de um encontro com a presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira, realçou que "há, neste momento, só questões logísticas a resolver”, considerando haver "vontade política da parte das autoridades” do país, pois a "decisão da UIP está tomada”.

"Resta fixar a cerimónia de abertura, que conta sempre com a presença do Chefe de Estado do país organizador", assinalou Duarte Pacheco, reforçando que a reunião da UIP pode ter, por regra, 160 delegações do mundo inteiro e envolve mais de mil parlamentares.

Disse que muitas destas delegações são lideradas pelos presidentes dos Parlamentos, daí que se sinta regozijado por realizar uma das Assembleias da UIP (só ocorrem duas vezes por ano) num país de língua oficial portuguesa, depois de mais de 50 anos.  A UIP é uma organização internacional dos Parlamentos dos Estados soberanos, cujo objectivo é mediar os contactos multilaterais dos parlamentares.

Cooperação Angola e Cabo Verde mantém boas relações parlamentares

Angola e Cabo Verde mantêm boas relações diplomáticas e parlamentares nos últimos cinco anos, afirmou, ontem, à imprensa o embaixador daquele país, em fim de missão em Luanda, Jorge Eduardo de Figueiredo, depois de ser recebido pela presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira. Jorge Eduardo de Figueiredo disse aos jornalistas que foi ao Parlamento a convite da líder daquele órgão de soberania que transmitiu ao embaixador a disponibilidade de Angola em manter todos os acordos celebrados com Cabo Verde, no domínio parlamentar.

Em fim de missão, o diplomata referiu que durante os cinco anos de trabalho em Angola, registou aspectos positivos do seu trabalho que se consubstanciou na celebração de vários acordos e a troca de visitas dos parlamentares dos dois países.

"Depois de seis anos de trabalho, como embaixador aqui, só tenho aspectos positivos. Foi um período muito importante para mim, enquanto profissional. Não sou diplomata de carreira, mas médico. Era a primeira vez a assumir esta carreira de diplomata. Foi importante para mim”, disse.

O embaixador Jorge Eduardo de Figueiredo afirmou que as relações entre Angola e Cabo Verde vão continuar na base do respeito mútuo e que cada país tem a sua história democrática e o próprio percurso.

"E é na base do respeito e na representatividade parlamentar que as relações se fazem. Temos sempre a certeza para nós, Cabo Verde, que está sempre aberta a possibilidade de se transmitir a própria experiência. Quer dizer que Angola deverá seguir a própria história democrática. Claro que Angola irá reforçar as relações democráticas existentes com o nosso país”, acrescentou, sublinhando que as relações parlamentares se equiparam ao nível das relações do Governo.

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