Elsa Barber, que falava num encontro que juntou várias mulheres na União dos Escritores Angolanos, com a finalidade de assinalar o Dia Mundial da Poesia e abordar assuntos relevantes à liderança feminina, defendeu a mudança dos sistemas sociais que não permitem que as mulheres capitalizem o manancial do seu potencial, em prol do bem comum.

Durante o encontro, Elsa Barber reiterou que a mulher angolana anseia alcançar várias conquistas, em prol da defesa dos direitos do género.

"A história nacional nos mostra que a mulher vem desde sempre a esforçar-se de forma abnegada pelo reconhecimento e promoção dos seus direitos, bem como no desempenho das mais variadas funções de responsabilidade em todos os domínios da vida pública e social”, sublinhou.

Acrescentou que são inesgotáveis os exemplos dados pela mulher angolana desde os tempos da luta de libertação nacional, em que se destacaram de forma heróica.

Segundo Elsa Berber, os indicadores sociodemográficos demonstram que a mulher tem um peso considerável enquanto força potencialmente activa e produtiva do país, correspondendo a 52 por cento da população e mais de metade desta percentagem ser economicamente activa.

"Importa realçar os avanços registados a nível da presença das mulheres no processo de decisão política e nos lugares-chave das lideranças do poder Legislativo, Executivo e Judicial”, disse Elsa Barber, citando como exemplo a Vice-Presidente da República, a presidente do Tribunal Constitucional e nove ministras, sem esquecer que no que respeita à diplomacia 40 por cento dos seus lugares são ocupados por mulheres.

O Dia Mundial da Poesia foi instituído na 30ª Conferência Geral da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), em 1999, com a pretensão de salientar a importância da poesia enquanto manifestação artística comum a toda a humanidade. Celebra-se, também, a criatividade, a pluralidade linguística e cultural e promove-se o ensino e a declamação da poesia.