A cantora Eliude Prata, uma das dez finalistas da 26ª edição do Festival da Canção de Luanda, cuja gala acontece a 22 deste mês, aposta numa canção cujo conteúdo é um louvor às qualidades da cidade que a viu nascer, e por isso fez questão de a intitular, tão somente, “Luanda”.
A música, realçou, é cantada maioritariamente em português, mas tem o coro em kimbundu, "que nos remete a uma brincadeira antiga da infância, que nós chamávamos por ‘cazen zen zen”’, explicou.
Com letra e composição da sua autoria, a música é do estilo kizomba e foi produzida por Wlademar Devox.
Apaixonada pela arte do canto, Eliude Prata diz ser muito difícil dizer o que a música significa para ela, porque a define como a explicação de tudo. A cantora vê a música como um espaço de liberdade, intensidade e profundidade.
"É como se fosse o mais fiel tradutor da mais inacessível linguagem da minha alma. É a coisa que eu mais gosto de fazer e não me imagino privada desta actividade na minha vida. É por esse mesmo motivo que eu decidi abraçar o desafio de seguir e consolidar a minha carreira, fazendo parte do Festival da Canção de Luanda, que é uma grande escola e um grande impulsionador de carreiras no mercado nacional”, justifica.
Quanto às tendências que vão moldando o seu gosto musical, partilha que sempre foi muito eclética em relação ao que ouvia. Para ela, desde que a música seja agradável e tenha a força de fazer sentir o que se pretendeu quando foi composta, já é válida, por significar que essa música merece ser ouvida várias vezes. Actualmente, a sua maior inclinação são nos géneros Kizomba, R&B, Soul e Hip-Hop. Essa tendência ajudou a definir aqueles que mais admira e que tem como grandes referências na música nacional André Mingas, Yola Semedo e Anselmo Ralph. No panorama internacional segue a mesma linha de gosto, buscando influências de artistas como Alicia Keys e Bruno Mars.
"Como artista, e talvez seja o meu maior sonho, é um dia poder adicionar algo novo e valioso à nossa música, que indubitavelmente já é muito rica e alcança diversos públicos nacionais e internacionais, tornando-me numa referência para a minha geração e as vindouras. Não só pela musicalidade, mas também pela vitalidade das mensagens das minhas músicas”, almeja Eliude Prata.
Acreditar no sonho
A cantora Eliude Prata partilhou que desde o momento da inscrição ao concurso, que o processo tem sido desafiador em vários aspectos. Apesar de acompanhar as edições anteriores do Festival da Canção de Luanda, confessou que não estava nos seus planos participar nesta edição. Tudo aconteceu durante uma actuação, quando interveio uma pessoa desconhecida que disse que gostou de a ouvir cantar e aconselhou-a vivamente a participar no Festival da Canção de Luanda. Essa pessoa disse-lhe que as inscrições já estavam abertas há algum tempo, mas que ainda assim, caso se esforçasse, daria tempo de apresentar a música ainda no prazo.
"Então eu senti essa mensagem como aquela dose de coragem que eu precisava para encarar o desafio, porque sempre foi algo que desejei. Sempre foi um sonho. Então, a partir daquele momento, eu me foquei a escrever a canção, que também foi um grande desafio, porque retrata um tema que não faz parte daquilo que estou acostumada a escrever. Depois passei na fase de arranjar a melodia e, posteriormente, gravamos a música num estúdio de casa somente para que a música chegasse a tempo, tanto que o trabalho foi entregue um dia antes do término do prazo”, lembra.
Eliude Prata não foi uma das dez primeiras escolhidas, mas a organização deu-lhe a oportunidade de ficar como suplente e foi durante o período de preparação que conseguiu destacar-se e assim conquistar a vaga de finalista desta edição do Festival da Canção de Luanda.
"Ser uma das finalistas do Festival da Canção de Luanda representa uma grande vitória. Representa um sonho a ser realidade. Representa que Angola e talvez o mundo esteja disposto a ouvir as palavras e melodias da minha alma. E esse grande feito encheu-me de orgulho e força de vontade para trabalhar mais, tanto para a gala, tanto para aquilo que será a minha entrega depois desta final”, considera.
PERFIL
Eliude da Silva Lopes Prata, nascida em Luanda, começou a gostar de música desde tenra idade e passou a dedicar-se ao canto no final da sua adolescência. Tem como referências da música angolana André Mingas e Yola Semedo, por conta da versatilidade e sonoridades que as suas músicas oferecem. Recentemente, começou a dedicar-se à composição de músicas originais. Tem-se apresentado em vários palcos, sendo muitas vezes convidada para actuar em espectáculos de outros artistas. A cantora também tem feito actuações em casamentos e serenatas.
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