O presidente enfrenta acusações de tentar restringir o número de pessoas autorizadas a concorrer contra ele. Desde que ganhou seu primeiro mandato em 2019, Saied suspendeu o parlamento e concentrou o poder nas suas mãos.

Na semana passada, o mais alto tribunal do país disse que três candidatos que foram impedidos de concorrer pela comissão eleitoral deveriam ter permissão para participar. Farouk Bouasker, o chefe da comissão, disse que analisaria a decisão do tribunal antes de tomar uma decisão.

Numa declaração citada pela agência de notícias AFP, a comissão disse que o tribunal não comunícou oficialmente a sua decisão dentro do prazo legal. Ignorar a decisão do tribunal provavelmente lançará mais dúvidas sobre a credibilidade da votação, relata a BBC. Para muitos tunisinos, tudo isso é mais um sinal de quão longe eles sentem que o seu país se afastou do caminho democrático que  abraçou após a Primavera Árabe em 2011.

A Human Rights Watch, disse em Agosto que as autoridades excluíram outros oito candidatos com potencial para a eleição de 6 de Outubro por meio de processo e prisão.  Em 2021, após demitir o primeiro-ministro e suspender o parlamento, o presidente Saied aprovou uma nova constituição consolidando o seu governo de um só homem.