A noite de segunda-feira, 9 de Maio, foi marcada por dor, lágrimas e tristeza. O casal António Ndambuca “Sequesseque” e Justina Cassinda “Chinda”, residente na zona 5B, no bairro da Mapunda, arredor do Lubango, na Huíla, perdeu um dos trigémeos, cujo nascimento deu direito à reportagem nas páginas do Jornal de Angola, edição do último domingo.
O filósofo ganense Kwame Anthony Appiah (na imagem) vai mais uma vez ser nosso interlocutor, a propósito dum capítulo do livro “Explorations in African Political Thought. Identity, Community, Ethics», (2001), [Exploração do Pensamento Político Africano. Identidade, Comunidade e Ética], organizado pelo etíope Teodros Kiros. O capítulo tem o seguinte título: “A Identidade Étnica como Recurso Político”.
É com esta confissão, de reminiscência familiar, que Landy Gonçalves reconhece que “as mulheres daquele tempo”, por falta de electrodomésticos “tiveram muitas dificuldades” para cuidar e manter em dia a roupa da família, principalmente dos maridos: “tinha que estar tudo bem lavado, engomado e o vinco das calças rigorosamente bem alinhado”.
"A nossa mãe ensinou-nos, desde muito cedo, a
cuidar da roupa. E dizia mais: ‘quando vocês tiverem as vossas casas, mesmo com
inúmeras dificuldades, cuidem bem da roupa dos maridos e dos filhos. É um
factor importante na união familiar’. É um conselho que, não importa as
circunstâncias, não sai da minha cabeça. É uma lição para a eternidade!”
Foi inspirada nesta "lição para a
eternidade”, que, transcorridas três
décadas na sua vida, Landy Gonçalves, de sobrenome Ganga Camilo Malonga,
decidiu abraçar a actividade empresarial como forma de valorizar o
"ensinamento, dedicação e acompanhamento” da mãe, a quem considera "a
guerreira” da sua vida.
A ideia que tinha na cabeça, enquanto criança,
era, se não houvesse outras alternativas, ser lavadeira, isso porque, segundo
diz "sempre gostei de cuidar de roupa”. Por uma questão de convicção social:
"gosto de ver as pessoas com a roupa bem tratada, não importa ser do fardo ou
de grife”, revela, num claro destapar do segredo das razões que a levaram a
apostar na abertura de lavandarias na província do Huambo.
Mas, afiança, a aventura empresarial começou muito antes, em 2006, com a comercialização
de roupa de cama e ténis adquiridos na Namíbia, e, posteriormente, em 2011, com
a venda de roupas, perfumes e acessórios para homens, comprados no Dubai. "Os
recursos financeiros eram escassos, mas, de alguma forma, tinha de começar a
trilhar a vida no mundo dos negócios”, recorda.
Em 2015, por imposição do crescimento do negócio,
a jovem Landy Gonçalves, de uma compleição física invejável, semelhante à de
uma basquetebolista (1,95 metro), formalizou a sua empresa para dar corpo à
actividade de geladaria, mas, "por muitas dificuldades”, acabou por fechar as
portas. "Nos negócios, há sempre estes riscos. Não falhei, as coisas é que não
correram como previsto”.
Foi necessário recuar no tempo, quando sonhava em
"ser lavadeira”, para em 2017 apostar no ramo da lavandaria, abrindo o primeiro
estabelecimento - "pequeno” - na
Centralidade do Lossambo. "Sentimos, pela concorrência, que era um bom
negócio”, diz, pelo que, em 2018, abriu outra loja na Cidade Baixa.
"O meu sonho é continuar a crescer. Abrir, se possível, lavandarias em toda a parte Sul do país. Ou melhor, ter uma rede de lavandarias”.
Em busca dos sonhos
Os sonhos comandam a vida, daí que, mesmo com
alguns tropeços, Landy Gonçalves está a construir a carreira empresarial que
sempre ambicionou, procurando, também, contribuir para a geração de empregos,
sobretudo para mulheres, por serem, como afirma, "a camada que mais sofre com o
desemprego”.
"Nas duas lavandarias já são nove funcionários.
Não é muito, mas é um princípio de crescimento”, declara a jovem empresária,
que também empresta o seu contributo a uma empresa de aviação. Ela confia aos
leitores do Jornal de Angola a "essência” do seu espírito empreendedor: "ser
curioso e persistente e não esperar por
um empurrão de alguém”.
Landy Gonçalves revela que, se fosse "uma pessoa
de ficar desanimada” com os percalços da vida, há muito que teria desistido de
empreender, sobretudo quando teve que fechar a geladaria. "Foi um investimento
assinável. Mas, apesar de tudo, continuamos. Há uma lição que tirei e aprendi:
desânimo não paga dívida”.
Ela é também conhecida como "A Lavadeira do
Huambo”, apelido que ganhou por "culpa” das amigas que admiram o seu trabalho.
Optimismo e fé são as "chaves-mestras” que Landy tem para ultrapassar as
dificuldades, quando, por exemplo, uma das máquinas de lavar avaria ou faltam
os produtos para retirar as manchas nas roupas.
"Os problemas são enfrentados sem desculpas. Preciso estar sempre focada no andamento do nosso negócio”, explana, rematando que "não será por falta de substituição de uma peça que vou deixar de lavar a roupa dos meus clientes”.
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