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O Egipto chegou, quinta-feira, a um acordo preliminar com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para aumentar 5 mil milhões de dólares em 8 mil milhões de dólares o programa de empréstimos que assinou com o organismo em 2022.
O acordo que ainda terá de ser aprovado pelo Conselho de Administração do FMI, que se reúne no final de Março, foi assinado no mesmo dia em que o Banco Central do Egipto deixou a taxa de câmbio da libra egípcia livre para combater a inflação.
Assim, o mercado de moedas paralelas, uma decisão que levou a uma queda de mais de 34% no valor da moeda egípcia. Estas acções fazem parte de uma série de reformas económicas que o Egipto está a realizar para superar a dura crise em que está mergulhado e cumprir as exigências do FMI para obter esta nova linha de crédito.
Segundo a Reuters, a assinatura deste acordo preliminar teve lugar no Cairo, onde o Primeiro-Ministro egípcio, Moustafa Madbull, e a chefe da missão do FMI no Egipto, Ivanna Vladkova Hollar, deram o primeiro passo para formalizar o procedimento. Em comunicado, o FMI sublinhou que "o corpo técnico considerou o pedido das autoridades para aumentar o apoio do FMI ao Egipto do equivalente a aproximadamente três mil milhões de dólares (1USD equivale a Kz 833.00 à taxa de câmbio actual) para o equivalente a aproximadamente oito mil milhões de dólares.
Depois de analisar os "desafios significativos, problemas macro-económicos que se tornaram mais complexos gerenciar". Entre estes desafios que têm impactado a situação económica do país árabe, o Fundo enumerou os efeitos do "recente conflito em Gaza no turismo e nas receitas do Canal de Suez".
A expansão do crédito deve-se, segundo o FMI, ao "forte compromisso" das autoridades egípcias em implementar prontamente os "aspectos críticos do seu programa de reforma económica", como permitir a livre flutuação da moeda egípcia. Assim, aumentar a taxa de juros oficial em 600 pontos base para reduzir a inflação e reverter a tendência à dolarização.
O FMI também apreciou a "prudência fiscal" do Egipto ao racionalizar as isenções fiscais, desenvolver um novo quadro para reduzir as despesas em infra-estruturas e expandir programas que proporcionem o nível adequado de despesas sociais. Este acordo preliminar surge quando o Egipto que necessita desesperadamente de moeda estrangeira, tem de pagar cerca de 38.500 milhões de dólares em dívida vencida no final deste ano fiscal que termina em Junho.
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