Sociedade

Edifício do Museu do Huambo abandonado

Estácio Camassete | Huambo

Jornalista

O edifício do Museu Regional do Huambo está inoperante desde 2018, quando começaram as obras de reabilitação, interrompidas em 2020. Desde então, o pouco que se tinha feito foi vandalizado, deixando a estrutura ao abandono, servindo hoje como abrigo de meninos de rua.

18/05/2024  Última atualização 12H35
Pátio da instituição museológica foi invadido pelo capim © Fotografia por: Joaquim Armando | edições novembro|BENGUELA

Alunos de diferentes sub-sistemas de ensino mostraram-se preocupados com a situação, que impede o público de visitar as peças museológicas.

João Marques, que estuda a 9ª classe, disse já ter visitado o museu por duas vezes e gostado de tudo que viu.

António Mateus, que estuda a 6ª classe, na Escola 55, cidade Alta, lamentou não realizar o sonho de visitar o museu este ano, porque as suas portas nunca se abrem e o pátio está sempre cheio de capim.

Acervo conservado

O director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Jeremias Piedade Tchissanga,  disse que o acervo museológico e todos os meios do Museu Regional do Huambo estão conservados.

As peças museológicas, acrescentou, estão expostas provisoriamente numa sala da direcção da Cultura, onde podem ser visitadas.

Jeremias Piedade Tchissanga deu indicações de que as obras de reabilitação poderão retomar este ano.

Peças museológicas

Segundo o director da Cultura, o Museu Regional do Huambo tem 956 peças, 66 das quais estão partidas e precisam de ser restauradas. Fazem também parte do acervo

1.400 fotografias que retratam diferentes momentos e épocas da província do Huambo.

O director da Cultura informou que a instituição recebe perto de 100 visitantes por mês, na sua maioria estudantes de diferentes sub-sistemas de ensino e alguns estrangeiros, que procuraram saber mais sobre a cultura ovimbundu.

O número de visitantes por vezes fica limitado, uma vez que o local provisório onde funciona o museu não tem condições para acolher muita gente ao mesmo tempo.

Carlos Manuel, da 11ª classe, disse que já visitou uma vez o Museu Regional do Huambo e apelou às instituições de ensino a programarem visitas para que os estudantes aprendam mais sobre o passado.

O estudante universitário do curso de História Avelino José fez o mesmo apelo, destacando a importância dos museus na preservação de bens culturais, representados em peças de arte, materiais de pesca, guerra, caça e de cultivo usados pelos antepassados.

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