A Associação dos Hotéis e Resorts de Angola (AHRA) queixou-se, esta quarta-feira, das baixas taxas de ocupação, ausência de créditos financeiros bonificados, falta de uma central logística e de energia e água canalizada, em algumas zonas, para alavancar o sector.
A conferência "Doing Business in Angola" que decorreu, terça-feira, em Lisboa, reuniu empresários portugueses de destaque com experiência consolidada e aqueles que aspiram ingressar no mercado angolano.
Sabendo-se de princípio que a finalidade determinante do projecto para autoconstrução dirigida modelo consiste em mitigar o “défice habitacional do País”, bem como criar “condições que de orientação para a construção de um modelo habitacional de carácter social de implementação e aplicação fácil, célere, com custos reduzidos”, economistas, ouvidos pelo Jornal de Angola, defendem que se deve resguardar de políticas compatíveis com as necessidades da economia do país.
Por esse raciocínio, acreditam que as hipóteses do Projecto da Autoconstrução Dirigida ter sucesso passam pelo cumprimento de práticas básicas, como as obrigações da transparência, da eficiência da igualdade de oportunidades para todos os interessados, fechando, o máximo possível, as portas à corrupção.
O economista Lopes Paulo alerta ser importante que o projecto "se faça sentir, quer em Luanda, quer no país. "Não podemos continuar a crescer de forma desordenada, em termos de construção”,
Lembra também que a estrutura das nossas cidades, municípios, e bairros, é fundamentalmente caracterizada por habitações de auto-construção. "A diferença agora é que o Estado assume este papel na perspectiva organizacional deste ponto de vista, devemos felicitar a iniciativa, que peca apenas por ser tardia”, diz.
Osvaldo Cruz tem uma visão menos alarmista do que Paulo Santos. O economista ainda não vê um cenário de dificuldade, embora considere que, à partida, "é fundamental existir a racionalização e organização”. "O passado mostrou-nos que se o Estado desenvolver da melhor forma o seu papel de intermediação, o cidadão com algum aumento do seu poder de compra conseguirá estar alinahdo aos objectivos definidos”, sublinha.
O pior cenário, avisa Osvaldo Cruz, é a situação de crédito mal parado. "Hoje [os bancos] estão numa situação de dúvidas para conceder crédito ao sector privado”, reforça.
Osvaldo Cruz também avalia o impacto do papel das administrações municipais. "As administrações municipais devem atribuir direitos de superfície às famílias, imprescindível no momento da avaliação de crédito por parte da banca”.
Esta linha de análise é também defendida pelo presidente em exercício da APIMA, Cleber Corrêa, para quem o "o sector privado poderia, além de criar loteamentos, construir também casas e ele próprio financiar o comprador, desde que houvesse um mecanismo jurídico que resolvesse rapidamente o incumprimento”, sugere em opinião publicada nesta edição do Jornal de Angola.
Augusto Fernandes, pelo contrário, não observa o cenário descrito pelo também PCA da Proimóveis Cleber Corrêa,
Na opinião do professor universitário "esta é a melhor política que o Governo adoptou, desde 1975, porque o povo já auto-constrói as suas próprias casas, sem direcção e sem assistência e as famílias poderão contar com o apoio do Governo em todo o processo de autoconstrução”, enquanto o economista Luís Chiminha acredita que autoconstrução dirigida "irá permitir acabar, em todo o território nacional, com os bairros desorganizados com falta de urbanidade”.
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