Economia

Economia real financiada com 210,49 mil milhões de kwanzas

O sector real da economia foi financiado, em Fevereiro, com um valor de 210,49 mil milhões de kwanzas, segundo dados do relatório do Banco Nacional de Angola, divulgado na última segunda-feira.

17/03/2021  Última atualização 14H15
As iniciativas do Governo têm tido um amplo apoio da banca comercial privada angolana © Fotografia por: Francisco Bernardo | Edições Novembro
Segundo o Banco Central, no mês de Fevereiro foram desembolsados um total de 15 novos créditos, no âmbito do Aviso nº10/2020, de 3 de Abril, perfazendo um total de 122 créditos concedidos até à data. O valor representa um acréscimo de 25,27 mil milhões de kwanzas, 13,65 por cento, face a Janeiro.

De acordo com o relatório, no mesmo período, contabilizou-se o total de 50 processos de financiamento pendentes de desembolso, correspondente a 95,36 mil milhões de kwanzas, tendo diminuído 16 processos em relação ao mês anterior, representando um decréscimo de 39,01 mil milhões de kwanzas, 29,03 por cento em termos de valor.

No global, até ao mês de Fevereiro o sector bancário concedeu 117,52 por cento do valor mínimo de 179,11 mil milhões a conceder até Abril de 2021, no âmbito do Aviso. O número de bancos que cumpriu o limite mínimo de 2,50 por cento do Activo Líquido, até final de Abril de 2021, aumentou de 11 para 13 em relação ao mês de Janeiro, nomeadamente: BCGA, BCH, BFA, SBA, BNI, BPG, BVB, FNB, KEVE, BIR, YETU, VTB e BMF entretanto, continuam por cumprir o requisito de número de projectos a financiar.
Quanto ao número de novos créditos desembolsados, em termos acumulados, até Fevereiro de 2021 foram desembolsados 122 créditos e encontram-se pendentes de desembolsos 50 créditos contratualizados.

Cabinda
Um total de 305 milhões de kwanzas é o montante do crédito disponível, inicialmente, para os Operadores de Comércio e Distribuição (OCD), em Cabinda, no âmbito das Medidas de Alívio Económico e agora no Programa de Desenvolvimento Económico e Substituição das Importações (PRODESI).
Dados avançados naquela província explicam que 11 cooperativas das 18 seleccionadas, com base nos dados das cooperativas legais e através de uma consultoria externa nas áreas agrícolas, industrial e madeireira, já recebem os créditos desde Janeiro deste ano.

Citado pela Angop, o responsável provincial da Secretaria para o Desenvolvimento Económico e Integrado, Alan Gleidson Varela Ramos, referiu que o objectivo é os beneficiários seguirem rigorosamente os propósitos do crédito que está intrinsecamente ligado à estratégia do Executivo voltada ao aumento da produção, diversificação das exportações e substituição das importações.
"Os créditos começaram a ser disponibilizados em Janeiro e era expectável que não houvesse, de imediato, um grande impacto no terreno. Estamos satisfeitos com o sentido de empenho e compromisso que as cooperativas estão a demonstrar no terreno”´, disse.

As 11 cooperativas que receberam créditos, no valor entre 5 e 50 milhões de kwanzas, de acordo as capacidades produtivas e áreas a investir, têm demonstrado empenho e sentido de responsabilidade para assegurar a produção e a produtividade dos projectos.

Nos municípios de Cacongo e Buco-Zau, constata-se a motivação dos produtores na plantação de variedades de culturas como a banana, mandioca, batatas macoco e doce, cacau, café e palmar, para além do incentivo na área agro-pecuária (criação de bovino, caprino e aves), bem como pescas e aquicultura.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Economia