Economia

Economia circular gera oportunidades de negócio

O secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, disse, no sábado, em Luanda, que as empresas angolanas devem aproveitar as oportunidades de negócio que a economia circular gera.

17/05/2021  Última atualização 11H35
Secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João © Fotografia por: Agostinho Narciso |Edições Novembro

Falando num webinar, realizado pelo Ministério da Economia e Planeamento, versando sobre a "Economia Circular", o governante disse que este segmento constitui uma solução que permite voltar a reintroduzir materiais já usados, tanto quanto possível na mesma cadeia produtiva quanto em outras.


A implementação e a consolidação da economia circular em Angola poderá reduzir ao máximo, as matérias primas extraídas do planeta, promovendo uma maior reutilização de tudo o que já foi extraído. A marca sustentabilidade tem valor e Angola deve posicionar-se para captar esse valor. Tudo acontece numa altura em que as autoridades angolanas estão preocupadas em resolver o problema dos resíduos, colocando o acento tónico no domínio da sua valorização.

Mercado promissor


Um estudo realizado pelo Ministério da Economia e Planeamento, revela que em Angola são produzidos anualmente, 6,3 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos. Mais de metade desse volume corresponde aos resíduos produzidos na província de Luanda, com uma cifra anual na ordem dos 3,3 milhões de toneladas.Estima-se que cada um dos mais de 8 milhões de habitantes de Luanda produza, por dia, cerca de um quilo de resíduos sólidos urbanos.


Recentemente, o Ministério da Economia e Planeamento lançou duas iniciativas no sentido da promoção da Economia Circular, sendo a primeira relacionada com a exploração do Aterro Sanitário dos Mulenvos (Luanda), num modelo de parceria público-privada que vai recolher, separar e reintroduzir nas cadeias de valor, os resíduos urbanos da cidade de Luanda.

O aterro propõe-se a um trabalho de recuperação de metais, reciclagem do vidro, pneus e outros derivados de hidrocarbonetos que podem ser utilizados como combustível em diversas indústrias, bem como na compostagem de resíduos biodegradáveis para produção de fertilizantes. Uma segunda iniciativa, com financiamento do Fundo Activo de Capital de Risco Angolano, (FACRA), através de capital e micro-crédito, pretende promover projectos que visem o desenvolvimento de negócios assentes nos princípios da economia circular.


No Webinar participaram especialistas da LIPOR, uma empresa especializada no serviço de Gestão de Resíduos da cidade portuguesa do Porto.Angola é um país com necessidades, mas também com muitas oportunidades no que toca à economia circular, que pode ajudar a promover a sustentabilidade.

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