Um encontro para troca de experiências entre Organizações Comunitárias de Base (OCBs), organizações e redes de Pessoas Vivendo com VIH (PVVIH) realiza-se em Luanda, nas Caritas de Angola, no Rocha Pinto, nos dias 25 e 26 do corrente mês.
No âmbito da estratégia espacial da União Africana, o sector espacial tem sido objecto crescente do investimento de países africanos e em particular os países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC, na sigla em inglês) que têm desenvolvido actividade espacial com vista à promoção do seu desenvolvimento sócio-económico por via dos benefícios que as tecnologias espaciais proporcionam.
No quadro da estratégia espacial nacional aprovada pelo Decreto Presidencial n.º 85/17, de 22 de Fevereiro, o ANGOSAT-2 e o Centro de Controlo e Missão de Satélite (MCC, na sigla em inglês) representam as infra-estruturas basilares do início da actividade espacial em Angola e utilização dos benefícios que as tecnologias espaciais oferecem para o desenvolvimento sócio-económico e em particular na expansão das infra-estruturas de telecomunicações do país.
O MCC localizado na Comuna da Funda é uma infra-estrutura tecnológica central de onde se assegura o monitoramento do funcionamento dos elementos que constituem o ANGOSAT-2 e são executadas as manobras de correcção da órbita.
O ANGOSAT-2 é um satélite de comunicações cuja a construção começou em Abril de 2018 e o lançamento ocorreu a 12 de Outubro de 2022. O tempo de vida útil no espaço é de 15 anos. Cobre todo o continente africano e parte do continente europeu. A órbita é a trajectória no espaço que o ANGOSAT-2 realiza em torno da Terra. As manobras de correcção de órbita ou da posição no espaço tem como objectivo evitar a colisão com satélites próximos. As manobras são movimentos feitos com o satélite no espaço no sentido norte-sul ou este-oeste.
A 27 de Janeiro de 2023, o Presidente da República, João Lourenço, inaugurou o MCC. A construção do MCC, teve início a 27 de Junho de 2015 e foi concluído em Agosto de 2016. Ocupa um espaço de 6617 m2, tem três pisos e 47 compartimentos. O MCC tem vários sistemas de engenharia de suporte à operação do ANGOSAT-2 tais como: eléctrico, mecânico, segurança, hidráulico, climatização e etc. O MCC está equipado com as mais recentes soluções tecnológicas, e para a manutenção dos sistemas referenciados, anualmente são executadas mais de 2138 tarefas de manutenção, o que implica a revisão de mais de 128 equipamentos e 523 sensores de vária natureza.
O MCC é um edifício inteligente, sendo que, o monitoramento dos sistemas de engenharia pode ser feito via remota. Por exemplo, de qualquer parte de Angola com recurso a um canal seguro é possível verificar o funcionamento de todos os sistemas, com realce aos níveis de corrente e tensão eléctrica, temperatura, humidade, pressão, nível de combustível nos reservatórios, etc.
Os Centros da natureza do MCC e espalhados pelo mundo têm a missão de garantir o cumprimento do objectivo do satélite. Para o caso do ANGOSAT-2, os objectivos são: manter o satélite funcional, executar manobras de correcção da órbita e garantir a disponibilização dos serviços de telecomunicações.
Para o trabalho de monitoramento do funcionamento dos subsistemas do satélite e as respectivas manobras de correcção, o MCC conta com uma equipa bastante jovem com a média de idade a rondar os 33 anos, mas que para que se tornassem em especialistas operadores do ANGOSAT-2, tiveram que passar por um programa rigoroso de formação quer académica como profissional. O MCC tem especialistas operadores com nível de doutor, mestres e licenciados. No domínio profissional, os especialistas operadores do ANGOSAT-2, durante 10 anos foram formados nas mais complexas áreas da Engenharia Espacial perfazendo mais de 3000 horas de formação e 45 foram certificados pela Agência Espacial Russa para operação de satélites de comunicação.
Os especialistas operadores estão distribuídos em equipas como: operadores de controlo, balística, análise dos subsistemas e planeamento de voo, sistemas de rádio-frequência e tecnologia de informação. As referidas equipas em Novembro de 2022 garantiram a conclusão com sucesso dos testes em órbita, actualmente tem assegurado o monitoramento de mais de 8000 parâmetros que indicam o estado de saúde do satélite e para garantir a operação com segurança elaboram e executam o plano de correcção da posição do ANGOSAT-2 no espaço. Se a correcção não for feita dentro do tempo necessário há o risco de ocorrer colisão com satélites adjacentes. A outra consequência de não ser feita a correcção é causar interferências electromagnéticas ou cobrir zonas na Terra fora do objectivo.
A nível da região da SADC o MCC é a única infra-estrutura existente e funcional de onde se pode operar satélites de comunicação ou observação e apresenta-se como a principal solução para estratégia dos países da SADC para a criação de uma rede partilhada de comunicações via satélite. O MCC tem capacidade para operar simultaneamente até três satélites, podendo ser satélites de comunicação como é o caso do ANGOSAT-2, satélite de observação da Terra e satélite meteorológico.
Para além do trabalho de monitoramento do funcionamento e manutenção do satélite em órbita, o MCC está igualmente a ser utilizado como ponto de roteamento do tráfego de serviço de internet que está a ser disponibilizado via ANGOSAT-2, a províncias como: Luanda, Huíla, Moxico, Uíge, Cabinda e Cuando Cubango.
Com o ANGOSAT-2 o MCC Angola entrou no leque dos cinco países africanos com conhecimento e experiência na construção e gestão de infra-estruturas desta dimensão, a exemplo da Nigéria, Egipto, Argélia e Marrocos. São os países africanos que têm infra-estruturas com esta dimensão.
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