A BIOTA, organização que se dedica aos estudos e divulgação em ambiente, vai realizar, na segunda-feira, em Luanda, um evento denominado “Educação para a Acção Climática – Transformando Indivíduos e Comunidades”.
O corpo do bispo emérito da Diocese do Uíge, Dom Francisco da Mata Mourisca, falecido no dia 16 do mês em curso, aos 95 anos, vítima de doença, foi sábado, sepultado no interior da catedral da diocese, localizado na intersecção entre as ruas do Comércio, Dr. António Agostinho Neto e a avenida do Café.
O sepulcro foi feito no interior da Sé catedral, de acordo com o Direito canónico que estabelece as regras para os funerais de bispos diocesanos.
O acto fúnebre de D. Francisco foi presenciado por milhares de fiéis, bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST), sacerdotes, catequistas, representantes de associações e movimentos apostólicos, líderes de diferentes denominações religiosas, entidades governamentais, sociedade civil, representantes de partidos políticos e personalidades oriundas de vários pontos do país.
A missa do último adeus àquele que foi o fundador da Diocese do Uíge foi orientada pelo presidente da CEAST, Dom José Manuel Imbamba. Entre cânticos de louvores e orações, foram destacadas as qualidades espirituais e humanistas de D. Francisco da Mata Mourisca. Mais de 50 mensagens de condolências provenientes de vários sectores, paróquias e movimentos apostólicos foram lidas nas exéquias.
Dom José Imbamba, em poucas palavras, encorajou os fiéis a serem firmes na palavra de Deus e seguirem o exemplo de bom pastor, bem como os ensinamentos do bispo emérito do Uíge, vivendo em união, fraternidade, solidariedade e irmandade.
Na homilia, o bispo da Diocese do Uíge, D. Joaquim Nhanganga Tyombe, lançou o desafio aos fiéis a seguirem Cristo e o seu evangelho, como D. Francisco da Mata Mourisca, que ao longo da sua missão evangélica tinha como instrumento o terço, a bíblia, a solidariedade e a irmandade para com todos.
O vigário geral da Diocese do Uíge, padre João Lala, disse que a diocese perdeu um pai e um bom pastor incansável, que em todos os momentos, com prudência, resolvia muitas questões e problemas na vida política, social e religiosa dos angolanos e não só.
"Convivemos de perto com ele. Foi um homem bondoso, de uma cultura invulgar, trabalhador incansável e com um coração de bom pastor”, disse o sacerdote, para quem a vida de Dom Francisco pode resumir-se em duas palavras: fidelidade e dedicação.
Governador enaltece qualidades do prelado
O governador do Uíge, José Carvalho da Rocha, descreveu Dom Francisco da Mata Mourisca como um homem que colocou no topo das suas preocupações a formação do homem, a preservação da vida e o amor ao próximo, promoveu famílias e defendeu a verdade, justiça e paz social, valores refletidos nas mais diversas organizações e movimentos apostólicos por ele criados.
José Carvalho da Rocha lembrou que, nos momentos mais difíceis, o prelado abriu a casa diocesana, não só para acolher fiéis católicos, mas também para todos habitantes do Uíge que procuravam protecção, consolo e orientação.
"Queremos, em nome da população do Uíge e do governo provincial, expressar os profundos sentimentos de pesar e curvamo-nos em memória daquele que foi um bom pastor que, com amor, humildade e muito trabalho, soube conduzir as suas ovelhas”, afirmou.
A secretária-geral da OMA, Joana Tomás, lembrou, com nostalgia, o contributo de D. Francisco da Mata Mourisca na orientação da sua vida pessoal. "No momento em que eu vivia no Uíge, ele foi o nosso educador, congregava jovens e transmitia boas informações. Educava e orientava-nos como viver, como preparar a vida futura. Para nós, ele foi um pai, um educador, um exemplo, um pastor incansável e semeador de paz e fraternidade”, contou.
Joana Tomás, que é fiel da Igreja Metodista, lembrou, igualmente, o contributo de Dom Francisco na edificação desta denominação religiosa no Uíge. "No fim da década de 70, quando o reverendo Domingos Tomás veio ao Uíge, para reabrir os templos da Igreja Metodista, não havia lugar. Os membros cultuavam em quintais. O reverendo partilhou o com o bispo D. Francisco (esta preocupação) e, de imediato, este cedeu o salão S. Francisco, onde os membros da nossa congregação passaram a cultuar, aos domingos, até que a Igreja Metodista construiu o seu próprio templo”, contou.
A secretária-geral da OMA concluiu que Dom Francisco deixa um legado de fraternidade, irmandade, voluntariado, partilha e unidade.
De nome próprio José Moreira dos Santos, D. Francisco de Mata Mourisca nasceu a 12 de Outubro de 1928, na então freguesia de Mata Mourisca, de onde lhe vem o nome, na Diocese de Coimbra, Portugal. D. Francisco foi ordenado sacerdote em 1952, e a 14 de Março de 1967, foi nomeado bispo da então Diocese de Carmona e S. Salvador, actual Diocese do Uíge.
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