Economia

Dívida pública regista descida de mais de 10%

A dívida pública angolana registou, nos últimos três meses de 2022, uma descida superior a 10 por cento, quando comparada ao período homólogo de 2021, revelou a ministra das Finanças, em mensagem de Ano Novo dirigida, ontem, aos trabalhadores do órgão que dirige.

01/01/2023  Última atualização 07H54
Ministra das Finanças apresentou dados dos últimos três meses © Fotografia por: Edições Novembro
Vera Daves de Sousa disse também que o Produto Interno Bruto (PIB) real terá crescido 2,7 por cento, um pouco acima dos 2,4 por cento que estavam projectados no OGE de 2022.

Um outro registo assinalável e que a ministra realçou é o facto de a inflação acumulada ter ficado abaixo da meta estabelecida.

"Eis-nos chegados à passagem de mais um ano civil, momento sempre propício para reflectirmos sobre a nossa trajectória individual e colectiva e projectarmos, com redobrada energia, o tempo novo que aí vem. Nesta ocasião, endereço aos trabalhadores do Ministério das Finanças uma mensagem de gratidão, de estímulo e de esperança”, escreve, em nota enviada ao Jornal de Angola.

A mensagem de gratidão, lê-se, justifica-se face ao trabalho de todos os funcionários, também caracterizada por uma procura permanente de conhecimento e realização, com motivação patriótica de todas as tarefas.

"Sem o vosso compromisso teria sido muito mais difícil superarmos todos os desafios com que o nosso país se confrontou durante mais um ano”, reconheceu.

Por outro lado, a ministra das Finanças afirma ser a sua mensagem também de estímulo e de esperança, perante as incertezas e os riscos que se mantêm no horizonte e que só a continuação do trabalho realizado com rigor, disciplina e integridade poderá ajudar a que se dissipem.

"Temos de ser capazes de garantir que a produtividade do nosso trabalho continue a melhorar, o que só é possível se mantivermos o sentido de missão e de pertença a esta instituição, cuja razão de ser e de existir é a de servir todos os angolanos”, disse.

Vera Daves de Sousa finaliza a sua mensagem com o desejo de um feliz ano novo, pleno de realizações pessoal, familiar e profissional a todos os trabalhadores e colaboradores do Ministério das Finanças.

Histórico da dívida

A dívida pública angolana face ao Produto Interno Bruto (PIB) era, em 2020, acima de 130 por cento, tendo sido de 80 por cento em 2021. Ao longo deste período, tem sido observada uma trajectória de descida que, tudo indica, vai fechar 2022 abaixo dos 60 por cento.

Os empréstimos contraídos por Angola a credores internacionais e também nacionais, com a finalidade de atender a despesas do Governo, também designada por dívida pública, calculam-se acima de 60 mil milhões e, maioritariamente, contratada a bancos comerciais internacionais. A China é, no momento, o maior credor de Angola.

Todavia, as reformas macroeconómicas levadas a cabo pelo Governo, desde 2017, têm resultado na redução do peso da dívida e, também, no crescimento do Produto Interno Bruto, que para 2022 terá superado os 120 mil milhões de dólares, contra os 75 mil milhões de dólares de 2021, colocando o país entre as três principais economias da Região Subsaariana.

O Plano Anual de Endividamento aprovado pelo Governo, no início de 2022, estimou-se numa carteira de 6,88 biliões de kwanzas (pouco mais de 11 mil milhões de dólares), 56 por cento da qual adquirida no mercado externo.

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