O secretário de Estado para os Recursos Minerais exortou este sábado, em Luanda, os empresários e empreendedores nacionais a terem maior perspicácia e interesse em investir nos vários segmentos do sector mineiro com vista a tirar proveito das potencialidades do país e a melhoria do ambiente de negócios.
A nova dinâmica e os desafios para uma economia diversificada dependem da aposta do conteúdo local.
A afirmação é do secretário para os Assuntos Económicos do Presidente da República, Milton Reis, no encontro realizado pela Global Services Corporation, realizado, recentemente, com a comunidade empresarial.
O encontro, com a finalidade de dar a conhecer a pretensão da Global Services Corporation e apresentar a agenda do ano, serviu também para que os empresários trocassem experiências e contactos para futuras relações de negócios.
Milton Reis fez saber, na ocasião, que o aumento da economia é um tema de capital importância, pelo facto de ser assertivo que todos têm o compromisso de contribuir para a diversificação da produção do conteúdo nacional. Disse que para vencer os desafios, tem de haver uma maior parceria entre o Estado e a sociedade civil, empresários, academias e os parceiros de cooperação internacional.
Lembrou que foi criado o Plano de Desenvolvimento Nacional para o período 2023-2027, focado em dois eixos principais, como capital humano e a diversificação, com foco no aumento da produção e bens de auto-consumo do conteúdo nacional.
"O país vai continuar a enfrentar, nos próximos anos, a dificuldade do acesso cambial, fruto da dependência de exportar apenas petróleo, para melhorar o cenário é necessário aumentar a produção nacional e reduzir as importações de bens de consumo e sermos competitivos na exportação de outros produtos que não seja o petróleo, de modo, a ter acesso a mais bens e serviços em prol do bem-estar das populações e criar mais oportunidades para o negócio”, disse.
Milton Reis acrescentou que o grande desafio do Executivo é de cuidar da segurança alimentar, trabalhar para que os bens de amplo consumo estejam disponíveis para a população e assim impactar na baixa de preços.
Já o presidente do Conselho de Administração da Global Services Corporation, Edson Carlos, anunciou que o "Business After Work” tem o propósito de unir a comunidade empresarial, para apresentar a agenda do ano em curso, proporcionar produção e que as torne mais competitivas, visto que pessoas motivadas geram resultados positivos.
Edson Carlos fez saber que a missão da Global Services é de transformar as organizações, torná-las mais competitivas, com a intenção de contribuir para alavancar a economia de forma que haja desenvolvimento para as pessoas e assim atingir os resultados do Executivo.
A organização deseja influenciar pessoas e empresas e contribuir no processo das organizações. Apontou que o desafio essencial é organizar o mercado interno com a finalidade de dar mais oportunidade de negócios e trazer uma polivalência nas organizações.
O encontro de gestores analisou, de igual modo, a gestão dos recursos do capital humano nas empresas angolanas.
Num painel composto por homens de negócios, o PCA da Pumangol, Evanilson Machado, fez saber que o sector conta com mais de 80 postos de combustível por todo o país e a sua gestão vela pela liderança de proximidade e a expansão dos serviços.
Evanilson Machado acredita que as pessoas são o centro do negócio e depois é que segue os números e os resultados, dando assim resultados na produção da actividade laboral.
Já o PCA da Deloitte Angola, José Barata, falou da experiência de consultoria da sua instituição no sector financeiro para alavancar a economia e as parcerias de negócios.
"A banca tem um papel fundamental no desenvolvimento da economia, visto que há um conjunto de desafios que se colocam no sector financeiro no casco urbano onde está o negócio e as pessoas”, afirmou.
Conforme disse, Angola tem uma pirâmide em que 70 por cento da população tem menos de 30 anos de idade e o dividendo demográfico é 100 por cento digitais e sem tecnologia é impossível chegar à população para à acompanhar o processo de socialização e torná-la actor que contribua.
A Deloitte aposta na cultura da meritocracia e aposta na formação das pessoas, sendo esta a razão que a leva a ser uma empresa bem representada no sector financeiro, recebe clientes que apontam a falta de concessão de créditos pelo sector da banca, mas são empresas que não apresentam transparência em seus projectos, debilidades e desafios enfrentados pela banca.
O CEO da Refriango, Diogo Caldas, afirmou que o seu sector garante bebida a todo o território do mercado angolano e ainda exporta para a Côte d'Ivoire, Guiné Bissau, República Democrática do Congo e São Tomé e Príncipe, para tal, conta com mais de três mil funcionários e diariamente os seus colaboradores recebem uma formação prática nos sectores em que estão alojados.
O acto serviu para desafogar, partilhar experiências e valores com a comunidade empresarial angolana, prestigiou também vários gestores com menções honrosas aos parceiros que contaram com os préstimos da Global Services Corporation, que actuou o ano passado como empreendedor e ofereceu ao Ministério do Interior, o primeiro fórum sobre Liderança e Desenvolvimento de Pessoas da Polícia Nacional.
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