Política

Distinção com a Ordem de Mérito italiana

Edna Dala | Roma

Jornalista

Na noite de quarta-feira, tal como já foi aqui partilhado, o Presidente da República, João Lourenço, foi condecorado com a Ordem do Mérito da República da Itália, a mais alta distinção que as autoridades italianas concedem para reconhecer serviços relevantes de áreas como política, economia, artes e actividades de carácter social.

26/05/2023  Última atualização 09H09
Chefe de Estado angolano, condecorado com a Ordem do Mérito da República da Itália © Fotografia por: Contreiras Pipa| Edições Novembro/ Roma
O Chefe de Estado angolano recebeu a Ordem condecorativa das mãos do Presidente italiano, Sergio Mattarella, que, em 2019, foi distinguido, com a Primeira-Dama, Laura Mattarella, com a Ordem Agostinho Neto, a mais alta distinção da República de Angola atribuída a entidades estrangeiras.

Sobre o conjunto de instrumentos jurídicos assinados no mesmo dia, com destaque para o Memorando de Entendimento entre a Sonangol e a Eni, o Presidente da República disse que vai reforçar a cooperação bilateral entre a República de Angola e a República Italiana.

O Chefe de Estado angolano, que abordou com o homólogo italiano os conflitos no mundo, de forma geral, lembrou que só pode haver desenvolvimento económico e social dos países num ambiente de paz e segurança. Aproveitou a oportunidade para manifestar a grande apreensão com o rumo dos conflitos no mundo, que urge resolver, por ameaçarem a vida dos povos e das economias de países e regiões do planeta.

"Em África, lutamos contra a instabilidade criada pelo terrorismo e os golpes de Estado nos países da Região do Sahel, com a situação no Leste da RDC e, mais recentemente, com o eclodir da guerra civil no Sudão, que em pouco tempo já causou centenas de mortos, milhares de feridos, milhares de deslocados internos e de refugiados acolhidos nos países vizinhos”,  sublinhou.

Referiu que o conflito israelo-palestiniano não tem contribuído para os esforços da comunidade internacional de fazer do Médio Oriente uma zona de paz e segurança. Apontou que as resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a necessidade da criação do Estado da Palestina, para que conviva lado a lado e pacificamente com o Estado de Israel, devem ser implementadas sob pena de  se  eternizar um conflito que tem trazido, ao longo dos anos, muita dor e sofrimento a ambos os povos, o palestino e o israelita.

O Chefe de Estado enfatizou que a situação na Península Coreana continua a merecer "a nossa maior atenção”, pela ameaça nuclear que representa. A invasão da Ucrânia, a ocupação e anexação de parte do seu território pela Rússia, reiterou, representam a maior ameaça à paz e à segurança da Europa após o fim da Segunda Guerra Mundial e, como tal, deve ser "condenada e desencorajada, pois a soberania e a integridade territorial da Ucrânia são inalienáveis e devem ser respeitadas”.

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