Mais de mil pessoas ligadas às artes, entre artistas plásticos, músicos, bandas musicais, declamadores, historiadores, desenhadores, encenadores de teatro e dançarinos participaram, de forma directa, nas actividades do FENACULT - Edição Especial, que terminou, terça-feira, em Benguela.
A directora-geral do Arquivo Nacional de Angola (ANA), Alexandra Aparício, afirmou, esta segunda-feira, em Luanda, que o saber de António Agostinho Neto se prolonga por décadas, apesar dos poucos anos à frente da presidência de Angola.
Alexandra Aparício, que foi um dos prelectores da mesa-redonda sobre "Os Arquivos de Agostinho Neto - Dimensão e Desafios”, realizada no anfiteatro do ANA, justificou o prolongamento do conhecimento de Neto, por ter conduzido "o destino do nascimento da Nação angolana”.
"Desde a proclamação da Independência de Angola perante a África e o mundo, a ascensão da liderança de um Estado com enorme desafios, entre os quais a guerra civil, a invasão externa, a reconciliação nacional, a construção social e a alta taxa de analfabetismo, ele com pulso firme teve de propor e tomar medidas para salvaguardar a Independência, a integridade do território e garantir o bem-estar da população”, destacou.
Na perspectiva da directora do ANA, das medidas importantes pelas quais o primeiro estadista angolano se debateu, pontuam a luta permanente contra o analfabetismo, as campanhas da educação e o envio massivo de jovens para garantir a formação de quadros no exterior do país. No plano económico, Alexandra Aparício destacou a troca da moeda, ocorrida logo nos primeiros anos da Independência.
"Foi um passo muito importante para vincar a nossa Independência, garantido um rumo económico. Por isso, falar do Fundador da Nação, é falar dos arquivos institucionais”, Ressaltou.
Sobre o que se tem feito para a preservação dos arquivos pessoais de Agostinho Neto, Alexandra Aparício avançou que a instituição que dirige, enquanto Arquivo Nacional, tem a missão de preservar a memória institucional, precisamente, os arquivos que são gerados por actos institucionais, sendo alimentado por várias instituições públicas e privadas que encaminharam a produção bibliográfica documental sobre o Agostinho Neto, que pode ser consultada por diversos públicos, desde investigadores a estudantes.
Para além de Alexandra Aparício, foram prelectores da mesa-redonda o historiador e professor universitário João Lourenço, o literata e professor universitário Marcelo Sebastião, representante do Memorial Dr. António Agostinho Neto, e o engenheiro Walter Camuele, da Fundação Dr. Agostinho Neto.
O docente universitário Marcelo Sebastião enfatizou que os debates sobre a dimensão de Agostinho Neto devem ser frequentes por completar aquilo que são as dificuldades dos estudantes universitários, docentes e pesquisadores.
"Temos estado a notar muitas dificuldades, conseguimos encontrar um défice grande de informação para que eles possam sentir e ter os pés bem assentes ao chão, uma informação bem sólida sobre a História de Angola, porque falar de Agostinho Neto, dessa trajectória como primeiro Presidente de Angola, é falar da História de Angola. Não se pode falar da História de Angola sem essa grande figura que foi Agostinho Neto”, defendeu.
Marcelo Sebastião explicou que faz parte dos quadros de um departamento ministerial cuja missão, dentro do MAAN, é fazer a obra de Neto dialogar com diversas gerações de modelos de informação. O departamento tem uma biblioteca e um Centro de Documentação e Informação, que tem por objectivo a aquisição, tratamento , armazenamento e processamento e suporte físico ou digital de toda a informação e documentação relativa à vida e obra de António Agostinho Neto.
À
margem da mesa-redonda,procedeu-se ao
lançamento das obras "Actas do Colóquio Agostinho Neto”, "Discursos do
Presidente Agostinho Neto” e "Sagrada Esperança”, bem como a inauguração da
exposição fotográfica e documental "Dr. Agostinho Neto - O Estadista (1975-1979)”.
Katiana Silva
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