Política

Diálogo inter-geracional vai juntar Chefes de Estado e jovens africanos

Mazarino da Cunha

Jornalista

Um diálogo inter-geracional vai juntar, na 3ª Edição da Bienal de Luanda, Chefes de Estado e de Governo e jovens africanos para reflectir, inspirar e disseminar ideias que promovam a cultura de paz e do progresso no continente africano.

22/09/2023  Última atualização 08H05
Mais de 600 individualidades vão participar na Bienal para debater sobre os caminhos para a construção de uma África pacífica © Fotografia por: Dombele Bernardo| Edições Novembro
O evento, a decorrer de 22 a 24 de Novembro próximo, na capital do país, prevê juntar, de forma presencial e virtual, mais de 600 individualidades, que em conjunto vão debater sobre os caminhos para a construção de uma África íntegra, pacífica e próspera, em que todos os seus filhos, principalmente os jovens, assumam uma posição.

De acordo com o coordenador da Bienal de Luanda, Diakumpuna Sita José, a organização do evento visa fortalecer e disseminar o movimento Pan-Africano para a "cultura de paz e da não violência”, de forma a contribuir para a construção de uma África em transformação económica e social.

Diakumpuna Sita José, que falava durante o lançamento da agenda do evento, ressaltou que a escolha de um diálogo inter-geracional entre Chefes de Estado e de Governo e os jovens do continente africano e na diáspora "representa a manifestação do interesse do Governo de Angola, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) e da União Africana (UA) em promover a paz no continente africano”.

Além disso, continuou, a recente nomeação do Presidente João Lourenço a Campeão da União Africana para a Paz  e Reconciliação em África constitui, também, uma grande oportunidade para reforçar a promoção da cultura de paz no continente, através da Bienal de Luanda.

Em três dias, frisou o coordenador do evento, os participantes vão debater temas como "Jovens, Actores da Promoção da Cultura de Paz”, "Tecnologia de Informação como Ferramenta  para Alcançar a Igualdade de Género”, bem como "O Papel da Mulher no Processo de Paz, Segurança e Desenvolvimento”.

Consta, ainda, da agenda do evento, as abordagens sobre os "Desafios e Oportunidades da Integração do Continente Africano na Perspectiva do Crescimento Económico”; "O Processo de Transformação dos Sistemas Educativos, práticas inovadoras de financiamento no Contexto Africano” e, por último, as "Alterações Climáticas na Óptica dos Desafios Éticos, Impacto, Adaptação  e Vulnerabilidade”.

O diálogo inter-geracional, ainda na visão de Diakumpuna Sita José, será predominantemente preenchido por Chefes de Estado e de Governo, em virtude de concentrar o tema sobre "Jovens, actores da Promoção da Cultura de Paz”, tendo em conta que o lema"Educação, Cultura de Paz e Cidadania Africana como Ferramentas para o Desenvolvimento Sustentável do Continente”.

Objectivo da Bienal

A realização da Bienal de Luanda tem como objectivo fortalecer e disseminar o Movimento Pan-Africano para a cultura de paz e não violência, de forma a contribuir para a construção e a realização de uma África em transformação económica e social.

Formar uma geração de jovens africanos como agentes de paz, estabilidade e desenvolvimento, prevenir a violência e resolver conflitos através da cultura e da educação, são, entre outros, os objectivos da Bienal de Luanda.

O evento vai contar com a participação de aproximadamente 600 pessoas, incluindo membros de Governos, representantes de organizações internacionais, instituições financeiras e religiosas, tradicionais, corpo diplomático, empresas públicas e privadas, entidades académicas, científicas, artísticas, desportivas e da sociedade civil.

De acordo com o coordenador, a Bienal de Luanda  realiza-se de dois em dois anos, por decisão saída da 24ª Sessão da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo da União Africana, que teve lugar em Addis Abeba, Etiópia, em 2015. A primeira edição foi realizada em Setembro de 2019.

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