Os casos positivos foram detectados num grupo de 1.158 homens atendidos naqueles dois dias nas quatro províncias onde está a decorrer o processo. De acordo com o relatório diário do Ministério da Saúde, o Hospital Geral de Cacuaco "Heróis de Kifangondo”, em Luanda, é, desde o início da campanha, a unidade com maior adesão. Em média, são atendidos, por dia, cerca de 300 homens dos 40 anos em diante.

Além da referida unidade de saúde, o rastreio do cancro da próstata também está a ser feito nos hospitais gerais de Viana "Bispo Emílio de Carvalho”, na província de Luanda, "Reverendo Guilherme Pereira Inglês”, no Bengo, e "Ervanário Luís Gomes Sambo”, em Cabinda, além do Hospital Central do Lubango "Dr. António Agostinho Neto”.

A campanha encerra na sexta-feira e todos os pacientes que obtiverem resultados positivos nas unidades onde está a ser feito o rastreio vão ser submetidos à cirurgia robótica ou aberta, dependendo do nível da lesão tumoral.

As cirurgias robóticas começaram a ser feitas ontem, em Luanda, no Complexo Hospitalar de Doenças Cardio-Pulmonares Cardeal Dom Alexandre de Nascimento, onde se deu prioridade a um homem de 60 anos, que padecia de cancro da próstata, diagnosticado no Instituto Angolano de Controlo do Cancro (IACC).

Em breves declarações no fim da primeira cirurgia realizada com muito sucesso, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, disse que o cancro da próstata é um sério problema de saúde pública a nível mundial, sendo o primeiro no seio dos indivíduos do sexo masculino.

Sílvia Lucututa explicou que o robô cirúrgico, colocado à disposição do Serviço Nacional de Saúde, junta-se assim aos outros meios de tratamento para uma melhor prestação de cuidados de saúde à população.

A campanha de rastreio do cancro da próstata visa aumentar a consciencialização e detecção precoce da doença, pois aumenta, significativamente, as chances de tratamento bem-sucedido, reduzindo assim o número de mortes causadas pela doença.

O cancro da próstata tem a particularidade de evoluir de forma silenciosa. Na maioria dos casos, os pacientes não apresentam sintomas durante a progressão do tumor, sendo que as queixas aparecem já na fase avançada da doença.