Sociedade

Detido administrador por crime de peculato

Venâncio Victor|Malanje

Jornalista

O administrador municipal de Cacuso, Caetano da Rita Tintas, foi constituído, na quarta-feira, arguido, por alegada má gestão das verbas destinadas ao Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) e de outros crimes conexos.

05/02/2021  Última atualização 13H50
© Fotografia por: DR
De acordo com o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), superintendente Lindo Ngola, o administrador de Cacuso está detido, preventivamente, com outros dois co-réus implicados no crime. Os  mesmos foram já constituídos arguidos e o processo vai obedecer as medidas cautelares em processo penal.

Trata-se de dois empresários angolanos a quem foram adjudicadas obras do PIIM em Cacuso, nomeadamente, Carlos Mulo, 33 anos, e Raimundo Cachuco, 35 anos, este último residente até então em Luanda. A detenção ocorreu na base de um mandado de captura ordenado pelo Ministério Público. Caetano Tintas é indiciado pela prática dos crimes de peculato, associação criminosa, participação económica em negócios, violação das normas de execução do plano orçamental e outros crimes conexos, com realce para a má gestão dos fundos alocados para o apoio às famílias sinistradas e para execução do PIIM.Caetano da Rita Tintas foi nomeado administrador municipal de Cacuso em 2015, em substituição de Tomás Rodrigues. 
Funcionários bancários 
 Um grupo de oito indivíduos, incluindo dois funcionários bancários, com idades compreendidas entre 20 e 35 anos, que subtraiu 27. 258. 682 Kwanzas das várias contas de clientes, por via do dispositivo de transferência "Multicaixa Express”, foi detido pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC) em Malanje. O porta-voz do SIC, em Malanje, superintendente Lindo Ngola, disse que os acusados faziam movimentos bancários fraudulentos em contas de clientes da agência bancária do Banco de Poupança e Crédito- BPC Palanca, Cangandala, desde Dezembro do ano transacto. O superintendente Lindo Ngola explicou que os valores furtados pela rede criminosa eram de imediato transferidos para contas nos bancos BAI e BFA. O oficial superior disse que os acusados procediam ao recrutamento de pessoas singulares sem contas domiciliadas no BPC, orientando a efectuar o depósito de valores altos, com garantias de recompensa, após a operação bancária. Segundo o SIC, os movimentos fraudulentos bancários eram realizados durante a madrugada, para perpetuar a acção criminosa. 

"A detenção dos oito indivíduos, implicados no crime, só foi possível graças a denúncias de pessoas anónimas, o que levou as autoridades policiais a realizar um trabalho de inteligência”, explicou. Na posse dos supostos criminosos, foi recuperado o valor de 120 mil kwanzas. O SIC já identificou os clientes lesados. "Temos estado a registar crimes do género, por isso apelamos à sociedade a manter-se vigilante para que não seja influenciada em práticas criminosas”, salientou Lindo Ngola. 
Cidadã encontrada morta 
O SIC confirmou a morte de uma jovem estudante da Escola Superior Politécnica de Malanje, desaparecida do convívio familiar, no último dia 28 de Janeiro. Virgência Paulo Henriques era estudante do segundo ano do curso de Sociologia, e terá sido sequestrada por estranhos quando saía da escola. No local, foram desmentidas as informações associadas a crimes de subtracção de órgãos, conforme foi propalado nas redes sociais. 

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