Opinião

Cartas dos Leitores

Educação rodoviária As nossas estradas tornaram-se numa fonte de numerosas preocupações para as famílias e para o Estado.

26/07/2021  Última atualização 10H16
A sinistralidade rodoviária, hoje, atinge níveis perturbadores. O Conselho Consultivo da Direcção Nacional de Viacção e Trânsito tem feito o possível para conter o que já é tido, por fontes estatísticas, como a segunda causa de morte no país. Acredito que, se calhar, falta inserir nos programas curriculares das escolas matérias relacionadas com a sinistralidade rodoviária, além de uma contínua campanha de sensibilização das pessoas adultas. Embora não pareça, na verdade é elevado o grau de despreparação das pessoas a lidar com os sinais de trânsito. Já vi pessoas adultas, várias vezes, perante o semáforo, sem saber interpretar os sinais para peões e para viaturas. É triste.
Adelino Bastos|Prenda


Terapeutas tradicionais
A luta dos terapeutas angolanos no sentido da criação de um regulamento da actividade e  do reconhecimento, por parte da sociedade, constitui um passo importante. Acompanho com interesse o empenho de instituições do Estado que se mostram igualmente interessadas na organização de uma actividade nobre que acaba por complementar a medicina convencional, na busca da cura para as mais variadas patologias. Parece-me que os terapeutas tradicionais andam muito agastados com um crescente número de praticantes daquele ramo da medicina sem estar devidamente capacitados e reconhecidos pelas instituições do Estado e pela co-missão instaladora da futura associação dos terapeutas tradicionais. Perdoem-me o desconhecimento da existência de tal associação, mas julgo que se trata ainda de uma instituição embrionária. De qualquer modo, faz todo sentido que os terapeutas tradicionais pretendam mais respeito e reconhecimento por parte da sociedade. É esperada a actuação da Polícia Nacional no sentido de parar com todos os que se fazem passar por terapeutas tradicionais para extorquir dinheiro às famílias.
Maria Fernandes|Funda

Cultura dos impostos
A cultura de pagar impostos ainda não está totalmente incutido na mente de muitos compatriotas. Segui em tempos um debate em que o tema central era Direitos Vs Deveres.
Muitos defendiam que é preciso que os cidadãos ganhem não apenas consciência sobre os seus direitos, mas igualmente que aprendam por si mesmos os seus deveres. E entre os deveres encontram-se, sem sombra de dúvi-das, o pagamento de impostos. A água, a luz, a taxa de circulação, o valor de condómino para aqueles que vivem em condomínios, etc. Acho que grande parte dos cidadãos não pagam o impostos sem algum tipo de coação, quan-do era bom que o lado voluntário falasse mais alto.
Acho que parte das escolas de-viam começar por ensinar matéria que incidissem sobre a cultura de deveres.Não concordo com a lógica segundo a qual não se paga impostos por causa da precariedade dos serviços a eles ligados. Falta sensibilizar e  educar as pessoas. Devemos todos cultivar deveres que tenham que ver com o pagamento de impostos, preferencialmente de forma voluntária.
Abraão Costa|Lobito