Opinião

Cartas dos Leitores

Construções anárquicas Vivo no Cazenga e escrevo para o Jornal de Angola para falar sobre o desordenamento das construções, uma realidade que não existe apenas nos chamados bairros tradicionais de Luanda, os mais antigos, se quisermos, mas que começa a fazer parte das novas urbanizações.

13/07/2021  Última atualização 10H02
E cabe aqui falar sobre os novos bairros em que infelizmente surgem as chamadas construções anárquicas, muitas vezes sem razões aparentes, atendendo ao facto de inicialmente existir alguma organização. Neste espaço dos leitores do Jornal de Angola, vou abordar um bocado as situações vividas por mim na localidade do Distrito Urbano do Zango, nomeadamente o surgimento de construções anárquicas que estão a provocar o estreitamento de várias ruas do município de Viana. E esta realidade, como sucede na maioria dos casos, vai acabar por dar origem aos becos, ruelas e entradas sem saída, um fenómeno que contribui para a proliferação da criminalidade, para a redução da qualidade de vida e da precariedade. Agora, na referida área o surgimento de construções anárquicas é uma realidade, cada vez mais incontornável. O mesmo cenário se vê quase em todo lado, tornando-se numa espécie de  moda que até hoje não há quem esteja interessado em travar o quadro.  Há ruas de 12 metros, que só ficaram oito metros. Enquanto cedo, o Estado deveria tomar medidas necessárias para que os munícipes não continuem com as construções anárquicas.
Epaulo António|Cazenga


Caso Vingumba
Acompanho com alguma preocupação o chamado caso Vingumba, ligado ao nome do jogador de uma das equipas do Girabola, que acabou vinculado ao Ferrovia e que mais tarde, afinal, deu-se conta de que nunca devia jogar pela aquela última. Enfim e sem entrar muito nos pormenores de facto e de jure sobre o caso, gostaria de explorar aqui um problema que, via de regra, tem afectado a vida de jogadores, a carreira e a família. Sei que muitas equipas andaram a falsificar dados de jogadores, andaram a reter jogadores em determinados escalões quando os jogadores deviam transitar para outros e com essa prática falsificavam as idades dos jogadores. Não é segredo para ninguém que, durante muito tempo, a falsificação das idades dos jogadores era uma prática comum e transversal a todos os clubes, em quase todas as categorias ou escalões, realidade que reduziu nos dias de hoje, mas que não desapareceu de todo. Muitas vezes, os jogadores acabam por ser "arrastados” nas aventuras dos dirigentes desportivos que, na ânsia de ver resultados imediatos, não se importavam de "sacrificar” os jogadores, levando-os a assinar documentos, contratos, transferências e outras papeladas, muitas vezes, falsificadas ou forjadas. Até quando isso ?
 Abilio Sakamala    |Lobito         

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