“Maria Joana da Piedade é uma mulher que não olha para trás quando o problema é prestar serviço de enfermagem aos moradores da Cabala, uma comuna do distrito urbano de Catete, município de Icolo e Bengo, muito distante da sua área de residência.
“Não temos água mineral para beber, nem pão conseguimos comprar, porque os portões da universidade estão trancados e mesmo que não formos infectados pela doença não podemos sair, corremos o risco de morrer de fome”.
Este é o grito de socorro do jovem Deuld Morinho, de 24 anos, que estuda na Universidade de Wuhan, na China, onde surgiu a epidemia do coronavírus, que já matou 1.670, desde a sua descoberta, em Janeiro.
O estudante do curso de Engenharia de Software, contactado, hoje, pelo Jornal de Angola, pedia com angústia, ajuda às autoridades angolanas, para ele e seus 37 colegas serem urgentemente evacuados da China, porque neste momento a única coisa que os alimenta é farinha e bebem água da torneira, com cheiro de esgoto.
O jovem, que almejava começar o mestrado, no próximo mês de Setembro, vê o seu sonho adiado. Durante a conversa, via whatssap, ouviam-se choros e por alguns minutos a conversa parou. Em seguida, ele pedia, desesperado, “"tirem-nos daqui por favor, não estamos a receber ajuda nenhuma, nem do Governo Chinês, nem do Governo de Angola”. Deuld Morinho, que falava em nome de 37 estudantes angolanos, dentre os quais 12 raparigas, que frequentam a Universidade de Wuhan, revelou que as imagens postas a circular nas redes sociais de que estão a receber ajuda do Governo chinês não são verdadeiras.
“Os angolanos que aparecem nos vídeos não estudam em Wuhan. Onde estamos morrem pessoas quase todos os dias, fomos abandonados. Estudantes de outras nacionalidades, como portugueses, americanos, franceses e brasileiros, já foram evacuados", disse Deuld Morinho.
Uma das estudantes angolanas, Ornela Guiomar, de 23 anos, também deu o seu depoimento. “Há 15 dias pedimos à Embaixada de Angola na China para sermos evacuados, mas até agora não tivemos nenhuma resposta”.
“Os nossos familiares em Angola vão quase todos os dias ao Ministério das Relações Exteriores para saber sobre a nossa situação, mas ninguém lhes dá garantia de nada, essa situação está a nos deixar frustrados", revelou.
Contactada, ontem, pelo Jornal de Angola, uma fonte ligada ao Ministério das Relações Exteriores revelou que foi criada uma comissão multissectorial, encarregue de criar todas as condições para garantir o bem-estar dos cidadãos angolanos que se encontram na China.
A fonte informou que a Embaixada de Angola na China, a partir de Beijiing, começou a prestar apoio logístico e financeiro aos estudantes, mas infelizmente alguns negam receber ajuda, por estarem revoltados e quererem sair daquele país.
Revelou que o Governo está a negociar com as autoridades chinesas para evacuar os cidadãos angolanos que se encontram naquele país, estando o processo apenas a depender das medidas sanitárias e restrições impostas, para se evitar a propagação do coronavírus.
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