“Maria Joana da Piedade é uma mulher que não olha para trás quando o problema é prestar serviço de enfermagem aos moradores da Cabala, uma comuna do distrito urbano de Catete, município de Icolo e Bengo, muito distante da sua área de residência.
A empresária Isabel José dos Santos, por intermédio do general Leopoldino “Dino” Fragoso do Nascimento, está a tentar transferir alguns dos seus negócios para a Rússia, tendo a Polícia Judiciária Portuguesa interceptado uma transferência no valor de dez milhões de euros que se destinava àquele país.
Isso mesmo é declarado no despacho do Tribunal Provincial de Luanda que, na segunda-feira, determinou o arresto de nove empresas da empresário e do esposo, Sindika Dokolo, um documento em que se explica que os dois “estão a ocultar o património obtido às custas do Estado, transferindo-os para outras entidades”.
De acordo com o despacho, a operação de transferência foi bloqueada pela Unidade de Informação Financeira (UIF) da Polícia Judiciária portuguesa quando os fundos estavam depositados numa conta no Millennium BCP, um banco português titulado pelo general Dino, tendo como uma conta de uma sociedade chamada Woromin Finance Limited num banco na Rússia.
O documento revela outras movimentações consideradas suspeitas, que levaram os procuradores a acreditar na orquestração de uma fuga de capitais, o que inclui informações dos Serviços de Inteligência e Segurança do Estado a desvendar a intenção de Isabel dos Santos “pretender vender as participações sociais que detém na Unitel a um cidadão árabe, que já encetou diligências em Angola para aquisição das participações sociais”.
A empresária emergiu ontem na imprensa portuguesa entre as primeiras reacções à decisão da Sala do Cível Administrativo do Tribunal Provincial de Luanda, depois de ter publicado um “post” na rede Twiter a apelar à “tranquilidade e confiança” das suas equipas de trabalho.
A empresária, que saiu de Angola há dois anos, em coincidência com um período em que as autoridades procuravam notificá-la para se apresentar à justiça, utilizou a naquela rede social para declarar por mensagem que, em relação ao arresto, “o caminho é longo” e “a verdade há de imperar”.
“Vamos continuar, todos os dias, em todos os negócios, a dar o nosso melhor e a lutar por aquilo que eu acredito para Angola”, lê-se na mensagem em que a empresária contesta um comunicado da Procuradoria-Geral da República (PGR) que dá conta do arresto preventivo de contas bancárias pessoais de Isabel dos Santos, Sindika Dokolo e Mário da Silva (o gestor da fortuna da empresária), além de nove empresas nas quais detêm participações sociais.
A PGR declara que os três celebraram negócios com o Estado angolano através das empresas Sodiam, empresa pública de venda de diamantes, e com a Sonangol, petrolífera estatal, que causaram ao Estado um prejuízo de cerca de 1.137 milhões de dólares.
O activista Rafael Marques considerou à estação televisiva portuguesa SIC que o arresto “É uma demonstração de que a impunidade em Angola não será a mesma” e que a decisão conforma “uma questão de justiça, porque não podemos continuar a falar em combate à corrupção, quando os maiores corruptos continuam impunes”.
Os bens reclamados pelo poder judicial, acrescentou, “foram adquiridos através de decretos presidenciais com fundos do Estado e devem retornar aos seus titulares, que são as instituições do Estado e, por essa via, o povo angolano”.
O economista Carlos Rosado ouvido ontem pelo Jornal de Angola considerou o valor do império de Isabel dos Santos “difícil de calcular”, quando indagado em relação ao valor das empresas representadas na arresto ordenado segunda-feira, em Luanda.
Carlos Rosado notou que a determinação desses valores ocorre quando as empresas estão cotadas em bolsa, onde obtêm valor de mercado, ou quando publicam relatórios e contas, divulgando o valor dos activos. As empresas de Isabel dos Santos não estão cotadas, nem publicam as contas.
Em Janeiro de 2019, a revista “Forbes” atribuiu à empresária uma fortuna de 2,3 mil milhões de dólares, depois de perdas que cortaram a riqueza da angolana dos 2,7 mil milhões em 2018 face ao ano precedente, quando também já tinha registado um rombo de 400 milhões, baixando-a dos 3,1 mil milhões de dólares.
O chefe do departamento de Logística do Comando Provincial da Polícia Nacional , no Huambo, Joaquim Elundo Paciência, orientou, a melhoria na confecção da alimentação para proporcionar uma dieta alimentar saudável dos efectivos.
Uma menina retirada da escola com centenas de outras pessoas durante um ataque de rebeldes há 10 anos no nordeste da Nigéria foi resgatada com três filhos, informou esta quinta-feira, o exército nigeriano.
A escola primária nº 9056, Professor Gabriel Mendes Machado, inaugurada na quarta-feira, com a capacidade para 840 alunos, vai atender uma das necessidades da comunidade do Bairro Honga, no distrito urbano do lar do Patriota, no município de Talatona.
O ministro da Juventude e Desportos, Rui Falcão, visitou, esta quinta-feira, as instalações do futuro Centro de Treinamento de Alto Rendimento José Armando Sayovo, localizado em Caxito, província do Bengo, para constatar o grau execução física das obras.
Angola atingiu, nos últimos anos, um crescimento exponencial da sua capacidade instalada de produção de energia eléctrica e passou de 2,4 para 6,2 Giga Watts, informou, quarta-feira, o ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges.
Os efectivos dos órgãos do Ministério do Interior (MININT), nomeadamente, os Serviços de Investigação Criminal, Prisionais, e de Migração e Estrangeiros, foram capacitados, hoje, sobre matérias de direitos humanos, na Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas.
Três altos funcionários do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau foram detidos por suspeita de pertencerem a uma rede criminosa de falsificação e tráfico de passaportes e auxílio à emigração ilegal, divulgou, esta quinta-feira, a Polícia Judiciária (PJ) daquele país.