O advogado José Carlos desmentiu ontem informações segundo as quais o seu constituinte, o deputado Higino Carneiro, tenha denunciado, durante o primeiro interrogatório na Direcção Nacional de Investigação e Acção Penal (DNIAP), fraude nas eleições gerais de 2017 que consa-grou vitorioso o MPLA e o seu candidato João Manuel Gonçalves Lourenço, Presidente da República.
O jurista, que falava à imprensa em Luanda, afirmou que não se revê de maneira nenhuma nas informações que têm sido veiculadas, sobretudo nas redes sociais. O advogado esclareceu que, no primeiro interrogatório realizado na DNIAP, em ne-nhum momento Higino Carneiro fez pronunciamentos do género e nem sequer o fez em qualquer outro fórum.
“Não sabemos quem está por detrás disso. Se será alguém que tenha interesses e objectivos inconfessos, da mesma forma que já tinha sido veiculado que o deputado tinha sido detido em Espanha ou Cuba”, disse José Carlos.
O advogado reforçou que “não há qualquer responsabilidade do deputado Higino Carneiro nos conteúdos que têm sido difundidos.” José Carlos considera que estas informações caluniosas põem em causa aquilo que foi a vitória do MPLA e os resultados eleitorais de 2017.
O advogado fez um apelo às autoridades no sentido de analisarem a “gravidade e a seriedade destas informações”, sobretudo ao Serviço de Investigação Criminal (SIC), no sentido de apurar a origem das mesmas e, consequentemente, imputar as devidas responsabilidades.
“É uma situação grave que, não só, deve preocupar o general Higino Carneiro como também todos os an-golanos, porque põe em causa o próprio Estado e o funcionamento das suas instituições”, disse o jurista.
O advogado esclareceu que estas informações nem sequer são objecto do processo em que Higino Carneiro foi constituído arguido. “Esta situação nunca beneficiaria o deputado e pode até prejudicar todos os angolanos, porque põe em causa o Estado angolano”, disse, acrescentando que “não é uma situação a qual devemos aplaudir enquanto angolanos.”
José Carlos esclareceu que Higino Carneiro não está numa situação de desespero.
“Está sereno e tranquilo. Respondeu ao primeiro interrogatório na DNIAP. Depois disso, há-de reunir outros elementos de prova para sustentar a sua defesa e não tem qualquer receio em relação a isso”, disse.
O embaixador de Angola na Côte D'Ivoire, Domingos Pacheco, reuniu-se, esta sexta-feira, em Luanda, com empresários e instituições angolanas, com os quais abordou questões de cooperação económica e de investimentos.
Dois efectivos da Polícia Nacional foram, quinta-feira, homenageados, pelo Comando Municipal de Pango Aluquém, por terem sido exemplares ao rejeitarem o suborno no exercício das actividades, na província do Bengo.
Vasco Lourenço, um dos capitães de Abril que derrubaram a ditadura salazarista há 50 anos em Portugal, foi hoje recebido em Lisboa pelo Chefe de Estado angolano, João Lourenço, na qualidade de Presidente da Associação 25 de Abril.
A responsável pela Secção de Crimes contra o género da Polícia Nacional, Intendente Sarita de Almeida, realizou, quinta-feira, em Juba Central Equatorial State, no Sudão do Sul, um Workshop sobre Direitos Humanos e Protecção Infantil.