Sociedade

Hospital dos Cajueiros com milhares de casos

Três mil e 600 pacientes com VIH/Sida recebem assistência médica e medicamentosa no Hospital Geral dos Cajueiros no Cazenga, em Luanda, considerado a segunda maior unidade sanitária que regista maior índice de casos da doença, depois do Hospital Esperança.

18/08/2018  Última atualização 10H59
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A informação foi avançada ontem pelo director do Hospital dos Cajueiros, Armando João, durante uma visita efectuada pela secretária do Presidente da República para os Assuntos Sociais, Fátima Viegas, que se fez acompanhar do secretário de Estado da Saúde, da vice-governadora de Luanda, do administrador do Cazenga e da directora da Saúde de Luanda.
O encontro serviu para constatar o funcionamento do hospital e o estado das infra-estruturas. Fátima Viegas, em nome do Presidente da República, fez a entrega de alguns equipamentos gastáveis e de bens de primeira necessidade.
O director do Hospital Geral dos Cajueiros, Armando João, disse que a unidade sanitária recebe, em média, mil pacientes por dia, mas lembrou que a mesma enfrenta dificuldades que precisam de ser melhoradas com máxima urgência.
Entre as dificuldades, apontou a falta de espaço para melhor dar resposta à procura, sobretudo na época chuvosa, considerado o período mais complicado.
Armando João considera fundamental a existência do Hospital Geral dos Cajueiros no atendimento de pacientes com VIH. Sublinhou que a unidade tem cumprido com o protocolo exigido para o tratamento destes casos, inclusive adaptou-se uma das salas ambulatórias para atender apenas pessoas com tuberculose.
“Pedimos que seja ampliado o hospital para melhor acomodar os pacientes já que, neste momento, a capacidade de internamento é de apenas 230 camas, incluindo a área de pediatria, com 120, num município com mais de dois milhões de habitantes”, precisou.
A maternidade também é uma das áreas que precisa de ser melhorada, por funcionar num edifício antigo e com capacidade de albergar 75 camas para internamento.
O Hospital dos Cajueiros, além de atender pacientes dos arredores da capital do país, recebe também dos seis distritos urbanos, nomeadamente, Tala-Hadi, Hoji ya Henda, Cazenga, 11 de Novembro, Kima-Kieza e Calawenda.
A secretária do Presidente da República para os Assuntos Sociais, Fátima Viegas, disse que as preocupações vão ser  levadas ao Gabinete do Presidente da República para possível solução.
“Sabemos que há falta de recursos humanos, médicos, medicamentos e sobretudo de infra-estrutura, porque o Cajueiros é um hospital de referência no município. É a terceira maior unidade em Luanda e a segunda em atendimento na área de pediatria”, disse.
Fátima Viegas admitiu que o hospital não tem capacidade de corresponder à procura na área de pediatria, daí que as preocupações vão ser levadas junto da Presidência da República para que, no Orçamento Geral do Estado e dentro do orçamento dos municípios, seja incluído.

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