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Automobilistas pedem obras no troço entre Cuito e Luena

Automobilistas que circulam no troço rodoviário entre o Cuito, Bié e o Luena, Moxico, clamam pela sua reabilitação urgente, devido ao avançado estado de degradação.

14/04/2018  Última atualização 08H12
Marcelo Manuel| Edições Novembro © Fotografia por: Em tempo chuvoso é uma autêntica aventura circular em alguns troços da via Cuito-Luena

Em declarações ao Jornal de Angola, automobilistas alegam que a degradação do troço, de 418 quilómetros, compromete o desenvolvimento da região, pois a viagem, que devia ser feita em cinco horas, dura dois a três dias.
A via encontra-se em estado avançado de degradação e precisa de intervenção urgente, para se evitarem danos materiais e perda de vidas humanas.
A estrada entre o Cuito e o Luena não recebe obras de reabilitação há mais de 40 anos e em vários pontos do trajecto são visíveis buracos de grandes dimensões.
No troço apenas podem circular viaturas todo-o-terreno, devido aos buracos causados pela chuva. Do Cuito para o Luena, ou vice-versa, o cidadão tem de recorrer a viaturas de grande porte ou então apanhar o comboio dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB).
 Os pontos mais críticos da via são Ca­ma­cu­pa/ Cuemba/Munhango/Cangombe/Cagongo/Sacassanje/Luena.
O condutor José Lingueno adiantou que o mau estado da estrada tem dificultado a circulação e provocado muitos danos nas viaturas. Referiu que a situação da estrada é crítica, visto que o mau estado tem impedido que haja investimentos na região.
“Os buracos que surgem na estrada vão aumentando diariamente, sem nenhuma intervenção de quem deve fazê-la”, lamentou.
De acordo com o comerciante Faustino Tchinhama, os buracos na estrada aumentam diariamente e é imperioso que as autoridades resolvam a situação o mais rápido possível.
O Ministério da Construção consignou em Novembro de 2014 as obras de asfaltagem do troço rodoviário que liga o Cuito ao Cuemba, num percurso de 162 quilómetros, passando por Catabola e Camacupa, mas os trabalhos têm sofrido muitas interrupções, sem que se saiba os motivos.
 A Estrada Nacional 250, que liga o Cuito ao Luena, é uma das principais vias, porque permite a ligação entre o litoral e o Leste do país.

Transportes públicos
A empresa de transportes rodoviários interprovincial e urbanos Macon, depois de três anos, alterou a sua rota Cuito-Luanda, no princípio do corrente mês, apurou ontem o Jornal de Angola junto da representação no Bié.
A transportadora rodoviária Macon retomou deste modo a via principal que liga o Cuito a Luanda, passando pelas localidades do Alto Hama-Waco Cungo-Quibala-Dondo, abandonado o trajecto Cuito-Alto Hama-Balombo-Sumbe.
A alteração no itinerário Cuito-Luanda deveu-se na altura ao mau estado da Estrada Nacional 120, nos troços Cuito-Alto Hama-Waco Cungo-Quibala-Dondo.
O avançado estado de degradação da estrada, principalmente entre as localidades de Waco Cungo e Dondo (província do Cuanza-Norte) esteve na base da suspensão temporária da anterior rota.
Os passageiros que utilizam os serviços da transportadora na rota Cuito-Luanda mostram-se satisfeitos com a retomada da via antiga. Teresa Engrata, professora aposentada, residente em Luanda, afirmou que a rota Cuito-Luanda, passando por Dondo e Wako Kungo facilita a viagem. “Esta via é mais curta e menos cansativa, é necessário que se termine com urgência as obras em curso”, realçou.
António Chatende, comerciante residente no Cuito, aplaudiu a iniciativa da Macon em ter retomado o troço principal que liga a capital biena a Luanda, pois  o troço temporário era um autêntico martírio, pois os automobilistas levavam muito tempo de viagem.

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