O escritor Afonso Vita autografou, sexta-feira, no Hotel Epic Sana, em Luanda, o livro “Desenvolvimento do Turismo Cultural e de Memória em Angola: A Rota dos Escravos”, que retrata a importância do fomento do turismo cultural.
Durante a sessão de vendas e assinatura de autógrafos, o professor e investigador Bumba de Castro teve a responsabilidade de fazer a apresentação do livro.
Bumba de Castro argumentou que o livro está estruturado em duas partes e cada uma com quatro capítulos, designadamente "Binómio Turístico”, "Os principais indicadores do turismo cultural”, "A origem do tráfico de escravos no mundo” e a "Questão da rota turística dos escravos”.
Na segunda parte, o sexto e o sétimo capítulos, disse, são dedicados ao "processo metodológico e aos diferentes instrumentos de orientação à investigação que dão suporte aos resultados produzidos por via de inquéritos”.
No oitavo capítulo, o autor apresenta uma proposta definida em dois eixos de intervenção. No primeiro, é proposto um festival internacional de encontro da africanidade no país para os nativos e os afro-descendentes de escravizados. A ideia visa honrar os ancestrais e a história universal. No segundo eixo é proposta uma estratégia de marketing para promover o projecto "Rota Turística dos Escravos”.
No oitavo e último capítulo, o autor apresenta ao país e ao mundo uma proposta concreta de reconstrução da geografia das rotas dos escravos em Angola.
Para Afonso Vita, o livro é uma abordagem clara, enriquecedora e revela-se actualizada, constituindo um valioso contributo para a africanidade, significando um incremento fundamental quer do ponto de vista qualitativo, bem como quantitativo na produção científica no país. Assim constitui, igualmente, um importante contributo para a cultura e o turismo nacional.
"Dedico esta obra aos angolanos e ao mundo. O livro cria um novo produto turístico, e vai facilitar o desenvolvimento do turismo cultural de memória no país”, disse o autor.
O escritor disse que a obra foi apresentada primeiro em Portugal, no dia 11 do mês em curso, e teve uma boa aceitação do público português, pela relação histórica.
Um futuro de maior reconhecimento
O ministro do Turismo, Márcio Daniel, destacou que o livro documenta uma parte crucial da história do país e abre caminhos para um futuro de maior reconhecimento e valorização da herança cultural dos angolanos.
O titular da pasta do Turismo referiu, ainda, que o livro é mais do que uma obra literária. "É uma ferramenta de transformação e reconciliação com o passado, porque oferece uma visão profunda sobre a Rota dos Escravos.”
A obra, reforçou, é um itinerário carregado de histórias e significados que nos ajudam a compreender melhor o sacrifício e a resistência dos antepassados. "A reconstituição das geografias de escravos no país e a sua transformação em lugares de interesse para o turismo, vai despertar a sociedade angolana sobre o seu passado histórico e multiforme, por influenciar e galvanizar a história universal".
O turismo de memória, disse, é um segmento importante, porque mostra a identidade de um povo, porque ajuda a construir as pontes com a diáspora africana, especialmente com os afrodescendentes que desejam reconectar-se com as suas origens.
Márcio Daniel garantiu que o sector do Turismo está engajado na criação de parcerias estratégicas com figuras nacionais renomadas e influentes que residem no exterior do país, de modo a continuar a estabelecer a relação com a diáspora.
A directora do Arquivo Nacional de Angola, Constância de Ceitas, disse que o manual traz um contributo valioso do ponto de vista social e cultural, porque incorpora factos concernentes ao tráfico transatlântico.
A obra, explicou, é bastante importante para o apetrechamento do acervo documental do Arquivo Nacional, e uma fonte de pesquisa para os estudantes e professores que queiram aprender mais sobre o turismo cultural.
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