Interessante, é o termo que se ajusta, com perfeição, à ordem de pontuação das equipas na classificação geral do Girabola, à saída da 22ª jornada. Sagrada Esperança (46), Desportivo da Lunda-Sul (45) e Petro de Luanda (44) é a maneira como as equipas que se posicionam.
As memórias dos momentos compartilhados e as lições aprendidas com Ângelo Victoriano foram destacadas, este domingo, pelo Ministério da Juventude e Desportos, num comunicado a propósito da morte do antigo basquetebolista que faleceu, no último sábado, em Luanda, vítima de doença.
Assinado pelo ministro Rui Falcão, o documento, enviado ao JA Online, reforça que neste momento de luto se espera que "o legado de determinação e espírito de equipa continuem a inspirar e a guiar as futuras gerações de atletas angolanos”.
Segundo o Ministério da Juventude e Desportos, o impacto duradouro de Ângelo Victoriano "jamais será esquecido”, além de realçar a personalidade de grande prestígio que em várias missões no basquetebol representou com talento, competência e dignidade o país.
"É com profunda tristeza que nos despedimos de uma verdadeira lenda do basquetebol angolano, Ângelo Victoriano. A sua partida deixa um vazio imensurável não apenas no mundo do desporto, mas também nos nossos corações. Ângelo Victoriano foi mais do que um atleta excepcional; ele foi um símbolo de dedicação, paixão e excelência. Desde os primeiros passos nas quadras até às conquistas épicas, a sua jornada foi marcada por uma determinação inabalável e um amor incondicional pelo basquetebol”, escreve Rui Falcão.
Nascido no Bairro Marçal, em Luanda, a 8 de Fevereiro de 1968, Ângelo iniciou a carreira desportiva aos 14 anos, no Nova, Bairro da Maianga. Rapidamente, destacou-se, transferindo-se para o Petro de Luanda aos 16 anos e a seguir, convocado para a Selecção Nacional Júnior, onde iniciou a gloriosa trajectória, representando Angola no Campeonato Africano das Nações em Moçambique.
Durante a carreira, Ângelo Victoriano conquistou quatro títulos de campeão nacional pelos "tricolores”, seis pelos "militares” do Rio Seco, um pelos "aviadores” e igual número pelo Queluz de Portugal. Pelo 1º de Agosto, arrebatou três troféus de clubes africanos, enquanto pela Selecção Nacional de seniores conquistou oito títulos africanos, sendo o primeiro em 1989.
Além das fronteiras nacionais, Ângelo brilhou nos palcos internacionais, representando Angola em quatro edições dos Jogos Olímpicos e em três Campeonatos Mundiais. O legado transcendeu as quadras, tendo sido reconhecido pela FIBA Mundo em 2023, quando foi distinguido com o "FIBA Hall of Fame”, tornando-se o segundo angolano a receber esta distinção honrosa.
"Em nome do Ministério da Juventude e Desportos, do colectivo de trabalhadores, de todas as forças envolvidas no Desporto Nacional, membros de uma geração marcada pelas suas conquistas e como defensores incansáveis do desenvolvimento do desporto nacional, expressamos as mais sinceras condolências à família de Ângelo Victoriano, aos seus amigos e aos milhões de fãs que o admiravam”, conclui Rui Falcão.
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