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Os Estados Unidos podem disponibilizar 3,5 milhões de dólares para Angola aprimorar e modernizar infra-estruturas e a gestão de políticas públicas. A informação foi avançada ontem pela directora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), Samantha Power, durante uma visita ao Porto do Lobito, na província de Benguela.
A província do Uíge vai precisar de mais de 35 mil milhões de dólares para financiar as acções projectadas para o seu desenvolvimento.
Estas projecções constam da "Estratégia de Longo Prazo (ELP) - Angola 2050”, idealizada como instrumento orientador do Executivo para o desenvolvimento do país nos mais diversos sectores da vida quotidiana.
A informação foi avançada, ontem, na cidade do Uíge, pela chefe do departamento para o Planeamento Territorial do Ministério da Economia e Planeamento, Elizabeth Fortunato, durante o acto de auscultação e consulta pública do documento que vai orientar a acção do Executivo angolano nos próximos 27 anos.
Para Elizabeth Fortunato, o montante anunciado constitui o investimento necessário para o desenvolvimento da província.
Ainda no âmbito da ELP, a chefe do departamento para o Planeamento Territorial do Ministério da Economia e Planeamento, auxiliada pela projecção acima referida, avançou que para a província do Uíge, a previsão é de que a população venha a duplicar, passando dos actuais 1 milhão e 867 mil habitantes para 4 milhões e 188 mil pessoas.
Sobre a economia, a previsão é que o Produto Interno Bruto (PIB) actualmente situado nos 2 milhões e 889 mil dólares, seja estimado, em 2050, na ordem dos 13 milhões e 369 mil de dólares norte-americanos.
Emprego, Saúde e Educação
Quanto à empregabilidade, as previsões do "ELP - Angola 2050” apontam para um crescimento regional mais do que duplicado, saindo dos actuais 774 mil e 637 postos de emprego para 1 milhão e 700 mil, enquanto no sector da Saúde, as previsões apontam para o aumento de médicos e enfermeiros, de 2.089 para 13 mil e 405 profissionais.
Para o sector da Educação, o documento estima um aumento do número de professores, saindo dos actuais 12 mil e 833 docentes para os 47 mil 463.
"Contas feitas, para se atingir o desenvolvimento na província do Uíge, prevê-se a aplicação de um investimento na ordem dos 35 mil milhões de dólares. Essa é a nossa visão para a província do Uíge, depois de feita a análise de todos os cenários possíveis, olhando para aqueles sectores que garantam a potenciação e o desenvolvimento da nossa economia, fora do sector petrolífero”, detalhou a responsável do Ministério da Economia e Planeamento, antes de concluir que "a aposta no sector não petrolífero nos vai levar a que até 2050, outros sectores, como a indústria, a agricultura e a pecuária tenham a sua percentagem no PIB global do país aumentado”, disse.
Por seu lado, o secretário de Estado para Economia, Ivan dos Santos, disse que a "Estratégia de Longo Prazo - Angola 2050” tem como objectivo apresentar uma visão de longo prazo sobre o desenvolvimento social e económico que se pretende para o país. Sublinhou que o documento orientador do Executivo para os próximos 27 anos está estruturado em cinco eixos fundamentais.
De realçar que a "Estratégia de Longo Prazo - Angola 2025” vai implicar a mudança de paradigma na economia e na sociedade angolana como o elevado crescimento populacional, com a estimativa de se chegar aos cerca de 70 milhões de habitantes, a redução significativa da taxa de pobreza, melhoria dos cuidados de saúde, acesso a um ensino de qualidade, entre outros.
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LoginA administradora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) visitou, ontem, antes de viajar para o município do Lobito, a cidade de Benguela. Aqui, Samantha Power enfatizou que os programas estruturantes em andamento no Corredor do Lobito e na Agricultura terão um impacto significativo, retirando milhares de pessoas da fome e da pobreza. Power destacou o lançamento da expansão de cinco milhões de dólares do projecto Mulheres na Agricultura Angolana (WAF) da USAID, que beneficiará as províncias de Benguela, Huambo e Bié. Além de auxiliar Angola, Power ressaltou que essas iniciativas ajudarão a combater a pobreza em diversas famílias ao redor do mundo.
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