Durante a visita do Grupo de Parlamentares do MPLA, chefiado pelo deputado João António Lineha, à vizinha República da Namíbia, referiu que os dois partidos devem primar por uma política activa de coesão, tendo em conta os próximos desafios.

Realçou que o ambiente desafiante foi demonstrado nas últimas eleições realizadas nos dois países, onde os partidos vencedores (MPLA e SWAPO) obtiveram resultados menos esperados.

"Os namibianos têm muito que agradecer a Angola, tendo em conta que durante a luta de libertação contra o regime racista da África do Sul, os angolanos, através da sangrenta e derradeira Batalha do Cuito Cuanavale, fizeram com que conquistássemos a Independência”, exaltou.

Considerou imperioso agradecer os fundadores das duas Nações, pelos feitos alcançados para a conquista da Independência e soberania dos povos que hoje são livres, pelo que agora é necessário trabalhar para o crescimento das duas economias. Disse que os dois países (Angola e Namíbia) possuem enormes recursos naturais, motivos de atracção do investimento estrangeiro.

Desafios transfronteiriços

O governador da província do Okavango Leste, Bonifácio Wakudumo, disse que nos últimos dias há condicionamentos das autoridades namibianas que superintendem as zonas fronteiriças entre a Namíbia e Angola, pois a comunidade angolana residente nas áreas limítrofes recorre ao país vizinho em busca de alguns serviços, sobretudo, nas áreas da Saúde, Educação e Comércio.

Wakudumo prometeu trabalhar com as autoridades namibianas e angolanas (através do Cuando Cubango) para que incidentes do género não possam acontecer. Disse que caso sejam ultrapassadas estas situações, há necessidade de se acabar com os obstáculos socioeconómicos.

O coordenador da comitiva de deputados do MPLA, João Lineha, realçou que o partido está a trabalhar para ultrapassar o actual quadro que o país vive, com a implementação de vários projectos e acções em benefício das populações.