O Presidente da República, João Lourenço, em companhia da Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, deslocou-se, sábado, ao stand de Angola, onde a delegação projecta a participação na Cimeira do Clima COP28, na cidade do Dubai.
O Bureau Político do Comité Central do MPLA congratula-se com a visita oficial do Presidente da República aos Estados Unidos da América (EUA), onde foi recebido, na Casa Branca, pelo homólogo norte-americano, Presidente Joe Biden, na última quinta-feira.
Angola defendeu, quarta-feira, em Nova Iorque, durante a Cimeira das Nações Unidas sobre Ambição Climática, a institucionalização urgente do Fundo para Perdas e Danos, como entidade operacional do Mecanismo Financeiro da Convenção, devendo servir, igualmente, o Acordo de Paris. A posição foi assumida pela ministra do Ambiente, Ana Paula Chantre, durante a participação naquele evento.
Acompanhada nesta actividade pelo embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola no Quénia, Sianga Abílio, Ana Paula Chantre disse que, com o avanço dos limites de adaptação, se começaram a registar perdas e danos induzidos pelo clima que podem piorar com o tempo.
"Apesar destes impactos crescentes, não existia nenhum mecanismo de financiamento para fazer face a perdas e danos no âmbito da Convenção para o Clima”, ressaltou.
A ministra do Ambiente salientou a importância da adopção na COP 28, a decorrer no Dubai, uma decisão que apele a um roteiro virado para o cumprimento dos compromissos assumidos em Glasgow, Reino Unido, no sentido de duplicar o financiamento da adaptação até 2025. Ana Paula Chantre disse que isto serviria como oportunidade para se criar confiança entre as partes no processo de governança multilateral, sendo que a necessidade de acção aumenta cada vez mais.
A ministra do Ambiente reiterou, na ocasião, que o Novo Objectivo de Financiamento Climático para pós-2025 deve basear-se na Ciência e nas necessidades dos países em desenvolvimento, no que diz respeito à mitigação, à adaptação, perdas e danos, devendo, igualmente, ser composto por elementos quantitativos e qualitativos. "Precisamos de progredir no sentido de chegar a acordo sobre o montante e o horizonte temporal deste objectivo de financiamento”, aclarou.
Outros temas que mereceram destaque na comunicação da ministra do Ambiente foram as emissões globais. Sobre este particular, Ana Paula Chantre alertou que se elas não reduzirem "rapidamente”, nesta década, para se alinharem com o limite de 1.5ºC, as possibilidades de desenvolvimento resiliente ao clima nos países vulneráveis serão severamente restringidas, tendo em conta que o excesso do limite de temperatura aumenta o risco de ultrapassar os de adaptação para ecossistemas críticos e os meios de subsistência que deles dependem. "As evidências científicas são inequívocas”, acentuou a ministra do Ambiente, para quem a adaptação às alterações climáticas é urgente e os processos de planeamento devem ser acompanhados de uma implementação em grande escala.
"É necessário apoio adequado para fazer progressos transformacionais no âmbito da adaptação”, acrescentou.
A titular da pasta do ambiente referiu que os investimentos em sistemas de alerta precoce e avaliações de vulnerabilidade são essenciais para prever riscos e impactos. Conscientes que a acção climática global é urgente, assim como a implementação de medidas e apoio adequados para acelerar a implementação de medidas de mitigação nacionais ao nível de todos os sectores, a ministra do Ambiente deu a conhecer que Angola começou a implementar, a nível nacional, o processo de transição energética, com a produção de energia solar e hidrogénio verde, por reconhecer a necessidade de impulsionar a produção de energias renováveis e não esperar por incentivos dos processos internacionais.
De igual modo, adiantou que o país está a envidar esforços em torno da adaptação às alterações climáticas, implementando acções de combate à seca no Sul de Angola, com um investimento nacional de mais de 130 milhões de dólares, numa alusão ao Canal do Cafu.
A Cimeira das Nações Unidas sobre Ambição Climática teve lugar na sede das Nações Unidas, no segundo dia do Debate Geral da Assembleia-Geral da ONU. A cimeira foi convocada pelo secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a fim de gerar novas acções climáticas tangíveis e credíveis, com o fim de acelerar a acção a meio caminho dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável.
A ideia, a se convocar a cimeira, passa por pressionar a favor de um Pacto de Solidariedade Climática, para que todos os grandes emissores façam um esforço extra, no sentido de reduzir as emissões de gases com efeito estufa, em linha com a meta de 1,5°C, e fornecer, deste modo, apoio àqueles que dele necessitam.
A cimeira foi uma oportunidade para os líderes governamentais, empresariais, financeiros, das autoridades locais e da sociedade civil apresentarem acções climáticas novas tangíveis e credíveis para acelerar o ritmo da mudança.
O relatório de síntese do Painel Intergovernamental sobre as Alterações Climáticas (IPCC), publicado no início deste ano, confirmou que as emissões globais atingiram o nível mais elevado da história da humanidade e continuam a aumentar.
A Cimeira das Nações Unidas sobre Ambição Climática foi organizada em torno de três vertentes distintas, mas inter-relacionadas: ambição, dirigida aos governos, especialmente aos grandes emissores; credibilidade, voltada para líderes de empresas, cidades, regiões e instituições financeiras e implementação, destinada a apresentar parcerias existentes e emergentes que aceleram a descarbonização em sectores com elevadas emissões, como a energia ou o transporte marítimo ou que proporcionem progressos na justiça climática em áreas como sistemas de alerta precoce e financiamento da adaptação.
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