O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros (SPCB) defende a inclusão, nos projectos habitacionais, de infra-estruturas da instituição, de modo a encurtar o tempo de espera na intervenção em incêndios.
Segundo o comandante do SPCB, os efectivos têm encontrado dificuldades para responder às ocorrências registadas em zonas sem cobertura de quartéis.
O comandante-geral do órgão operativo do Ministério do Interior, comissário Bênção Mateus, que discursava, ontem, em Luanda, no acto de abertura do Ano de Instrução, Preparação Combativa e Educação Patriótica 2023-2024 do órgão, realizado na Escola Nacional de Protecção Civil e Bombeiros, em Viana, referiu que, quando se vai atender a uma ocorrência, os operacionais do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros fazem um longo percurso, devido ao crescimento das zonas urbanas.
O comissário Bênção Mateus garantiu que o órgão que dirige é conhecedor de todas as zonas operativas e dos riscos naturais, biológicos e tecnológicos em todo o território nacional.
A mais alta patente do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros mencionou que, em algumas zonas operativas, tem sido registado um aumento do número de mortes por descarga atmosférica, afogamentos e ataques de jacarés.
O responsável revelou que, no âmbito da protecção contra a queda de raios (descargas atmosféricas), existe uma proposta, já entregue às autoridades governamentais, de instalação de pára-raios nas zonas que registam, com mais frequência, o fenómeno natural.
O comissário Bênção Mateus garantiu, por outro lado, que os comandos provinciais do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros têm recomendado, em campanhas de sensibilização nas comunidades, a não circulação nas zonas infestadas de jacarés.
Na ocasião, o comandante-geral do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros sugeriu a construção, nas comunidades, de tanques e chafarizes, cuja existência vai evitar que populares recorram aos rios à procura de água.
Quando se referia a mortes por afogamento, a mais alta patente do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros defendeu mais investimentos em meios de apoio a náufragos e no apetrechamento dos quartéis tácticos de bombeiros, para que seja prestado um trabalho de prevenção e reacção de forma eficiente.
Formação de bombeiros
Na ocasião, o comandante-geral pediu ao Ministério do Interior que sejam concluídas as obras de construção da futura escola de Protecção Civil e Bombeiros, no município da Baía Farta, província de Benguela.
O pedido de Bênção Mateus deve-se, de acordo com o próprio, ao facto da actual Escola Nacional de Protecção Civil e Bombeiros já não responder à "conjuntura nacional”, em matéria de apoio às acções de instrução e formação de quadros do órgão operativo do Ministério do Interior.
O comissário Bênção Mateus deu ênfase à necessidade de formação técnica e profissional contínua aos instrutores da Escola Nacional de Protecção Civil e Bombeiros. Por esta razão, adiantou o responsável, foram estabelecidas parcerias com escolas de bombeiros do Brasil, Portugal e Cuba.
O novo Ano de Instrução, Preparação Combativa e Educação Patriótica vai ter a duração de nove meses. Os instruendos vão receber aulas em três dias da semana, devendo a carga horária ser de duas horas.
Os instruendos vão reforçar conhecimentos sobre prevenção, extinção, resgate e salvamento, protecção civil e educação patriótica, assim como ministrar treino físico-militar, testes de aptidão física, exercícios técnicos especiais e ordem unida.
"Com estes indicadores, temos a plena certeza de que haverá melhorias no exercício das nossas acções operativas”, admitiu o comandante-geral do Serviço de Protecção Civil e Bombeiros.
A cerimónia de abertura do novo ano de Instrução, Preparação Combativa e Educação Patriótica foi presidida pelo secretário de Estado para o Asseguramento Técnico do Ministério do Interior, Carlos Albino, em representação do ministro Eugénio Laborinho.
Carlos Albino destacou que a formação contínua dos efectivos "configura uma acção primordial e prioritária do plano de desenvolvimento sectorial do Ministério do Interior.”
No anterior ano de Instrução, Preparação Combativa e Educação Patriótica (2022-2023) estiveram envolvidos 348 instruendos, dos quais 247 mulheres.
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